Cinco voos da Ryanair, com partida do Aeroporto de Faro, foram cancelados na manhã desta quarta-feira, 25 de Julho, devido à greve dos tripulantes de cabine.
A informação foi avançada ao Sul Informação por Fernando Gandra, diretor do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
Os voos cancelados tinham como destino o Porto, Charleroi (Bruxelas), na Bélgica, Birmingham e Manchester, em Inglaterra, e Colónia, na Alemanha. Da parte da manhã, dos oito previstos saíram apenas três voos: um para Eindhoven (Holanda), outro com destino a Hamburgo (Alemanha) e, um último, para Edimburgo (Escócia).
Para a tarde, segundo Fernando Gandra, espera-se que sejam cancelados mais cinco voos, com destino ao Porto, Luton e Stansted (Londres), Leeds e Manchester, também na Inglaterra.
As únicas ligações que deverão seguir viagem são para Bournemouth e Newcastle (Inglaterra) e Dublin, na Irlanda.
A adesão à greve no Aeroporto de Faro ronda «os dois terços», disse aquele responsável, que denunciou, ao Sul Informação, que a Ryanair «colocou trabalhadores, muitos deles em folga, a trabalhar».
«Tiveram de recorrer a pessoas que não estariam ao serviço. Como é a segunda greve em Portugal, a empresa conseguiu reorganizar-se e colocar tripulantes a trabalhar que não tinham feito greve na Páscoa e, por isso, não era expectável que o fizessem agora», explicou.
Na paralisação de Abril, foram cancelados quatro voos no Aeroporto de Faro.
Esta greve, que dura até esta quinta-feira, 26 de Julho, é um protesto contra o facto de a Ryanair não aplicar a legislação portuguesa, no que toca, por exemplo, à licença de parentalidade ou questões ligadas ao ordenado mínimo.
«Também queremos alertar o Governo para que atue e deixe de permitir estes atropelos à Constituição», concluiu Fernando Gandra.