As miniflorestas (com base no método Miyawaki) que foram criadas na Escola EB Dr. António de Sousa Agostinho (Agrupamento de Escolas de Almancil) e na Escola Secundária de Loulé, nos dias 13 e 17 de maio, no âmbito da “Semana do Clima 2024” promovida pelo Município de Loulé, já estão a dar frutos.
São frutos como morangos, medronho e azeitonas, mas também frutos no seio da comunidade escolar que se materializam na adesão de professores, alunos e outros parceiros deste projeto.
Após a plantação, e para que o solo e as plantas tenham as condições adequadas ao seu desenvolvimento, é essencial regar, podar e mondar as miniflorestas, especialmente durante os primeiros dois a três anos. Para potenciar a biodiversidade em termos de fauna, poderão também instalar-se abrigos/hotéis para aves, répteis e insetos.
Em ambas as escolas, e com particular empenho no passado mês de novembro, a comunidade escolar tem-se dedicado à recolha do lixo e à monda/remoção das plantas indesejáveis (como junça, escalracho, malva, mélia e cardo), para evitar que se comecem a apoderar da área que foi plantada com espécies autóctones.
Na EB Dr. António de Sousa Agostinho, a realização destas tarefas contou também com a preciosa colaboração de sete voluntários inscritos no Banco Local de Voluntariado de Loulé e de dois voluntários (um utente e uma animadora social) da ASCA – Associação Social e Cultural de Almancil, aos quais foi feita uma breve apresentação do projeto e atribuído um Certificado de Participação.
O Banco Local de Voluntariado foi criado em fevereiro de 2010, aquando da assinatura de um protocolo entre o Município e o Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, e surge como um espaço dinâmico que, para além de difundir informação e proporcionar formação, possibilita uma articulação contínua e atualizada entre a necessidade de trabalho voluntário e a vontade de exercer voluntariado. Qualquer cidadão que acredite que pode fazer a diferença pode inscrever-se no Banco Local de Voluntariado através do seguinte link: https://forms.gle/gSS7KCpxbkH6p2e8A
Espera-se que mais entidades venham a aderir a este projeto, o qual irá abranger mais escolas do concelho, muito em breve.
Em ambas as escolas, os alunos estão a produzir um logótipo para a sua minifloresta, com vista a integrá-lo no painel informativo, que o Município de Loulé se propõe produzir e instalar em cada local.
O projeto “Miniflorestas nas escolas do concelho de Loulé (método Miyawaki)” surgiu da intenção do Município de, aplicando os princípios de reflorestação e restauro de terras degradadas desenvolvidos pelo botânico japonês Akira Miyawaki, promover a criação de pequenas florestas de crescimento rápido em cada agrupamento escolar, com o maior envolvimento possível da comunidade.
O objetivo é trazer para o meio urbano os benefícios associados às florestas (sequestro CO2 atmosférico; redução da poluição química e sonora; amenização térmica; melhoria da saúde humana; promoção da biodiversidade) e ainda contribuir diretamente para vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (com destaque para os ODS 4 – Educação de qualidade, ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis, ODS 13 – Ação climática, ODS 15 – Proteger a vida terrestre, e ODS 17 – Parcerias para o desenvolvimento sustentável).