A Entidade Regional do Turismo do Algarve (ERTA) aprovou por unanimidade o pedido de um empréstimo de 487 mil euros, para fazer face a despesas correntes de funcionamento.
António Pina, presidente da ERTA, em declarações à Antena1, disse que o empréstimo destina-se a «dar tranquilidade financeira até ao final do ano», nomeadamente para «pagar funcionários, pagar a fornecedores e colocar dinheiro na Associação Turismo do Algarve».
O empréstimo, acrescentou aquele responsável, poderá ainda ajudar a tesouraria da ERTA em janeiro e fevereiro do próximo ano. «Eventualmente, se houver atrasos, poderemos viver com serenidade, mas com muita contenção, janeiro e fevereiro».
Pina garantiu, porém, que, apesar da necessidade de pedir o empréstimo, «nunca esteve em causa o pagamento a funcionários e fornecedores». «Não tínhamos era o dinheiro todo para acudir a tudo», explicou.
A difícil situação financeira da ERTA, à semelhança do que acontece com as restantes entidades regionais de turismo existentes no país, bem como o seu esvaziamento de funções, leva o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) a defender a necessidade de «novos modelos de promoção turística».
Elidérico Viegas sublinha que as entidades regionais de turismo, «tal como existem atualmente», têm um modelo que «está esgotado».
E então qual é a solução? «A solução é simples: é extingui-las», diz o presidente da AHETA.
Aqueles organismos, considera, são «sorvedouros de dinheiro», sendo por isso necessário «readaptar os modelos às novas exigências da actualidade», criando «estruturas ligeiras, geridas em conjunto com entidades privadas».