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A restauração do centro comercial Tavira Gran Plaza vai fechar a partir de hoje e por tempo indeterminado. Os proprietários dos restaurantes e cafés daquele shopping queixam-se da gestão do espaço e das dificuldades acrescidas causadas pela crise. Desde ontem que há um papel afixado nas lojas a avisar os clientes do fecho de portas.

Os problemas dos lojistas estão relacionados com a «falta de clientes, com a situação do país, e com a existência de rendas desfasadas entre lojistas. Há quem pague 15 euros por metro quadrado e há quem pague 25 euros por metro quadrado», explicou ao Sul Informação um dos elementos do Grupo de Lojistas.

Os arrendatários dos espaços de restauração pretendem ainda que lhes seja feito um desconto nos arrendamentos das lojas durante os meses de inverno, quando, afirmam, o movimento «já de si fraco» do centro comercial baixa «para metade».

Segundo documentação a que o Sul Informação teve acesso, há também desacordo entre os lojistas e a administração do Tavira Gran Plaza no que diz respeito aos montantes a pagar pelas «despesas comuns», uma vez que também aqui há diferenças acentuadas em cada caso.

«Não conseguimos pagar as rendas, desde janeiro que há negociações com a administração para descida da renda, mas esta tem-se mostrado intransigente», acrescentou o mesmo lojista. Por isso, «caso não haja mudanças, podem ir 100 funcionários da restauração para o desemprego», garantiu.

Em resposta a esta situação, a administração do centro comercial emitiu um comunicado a que o Sul Informação teve acesso, começando por garantir que «o Tavira Gran Plaza tem por princípio uma gestão ativa, dialogante e flexível, acompanhando de perto os seus lojistas e as suas operações».

«Este negócio tem por base uma parceria entre o proprietário e o lojista com o intuito de encontrar as melhores soluções que permitam o sucesso do Centro Comercial como um todo», acrescenta a empresa.

O Tavira Gran Plaza admite que tem vindo a reunir-se «com os senhores lojistas da restauração e tem estado disponível para analisar cada uma das operações, bem como, discutir a caso a caso a solução a adotar».

No entanto, acrescenta a empresa, «dada a especificidade de cada um dos negócios em operação, não pode o Tavira Gran Plaza concordar com a imposição de uma solução conjunta», rejeitando, assim, a hipótese da negociação de preços idênticos para todos os lojistas.

Contrariando a afirmação dos lojistas de que há «inúmeras» lojas fechadas, a administração termina o seu comunicado garantindo que, «desde a sua abertura, o Tavira Gran Plaza recebeu mais de oito milhões de visitantes, tem 105 lojas e tem como objetivo manter a qualidade e uma oferta comercial adequada às necessidades dos seus visitantes, tendo entre 2010 e 2011 reforçado a variedade de lojas acrescentando ao seu mix várias insígnias internacionais de relevo, tais como Springfield, Mango, Throttleman/Red Oak, Lion of Porches e Code».

Apesar desta garantia, o Sul Informação apurou no local que o Tavira Gran Plaza, que abriu em junho de 2009, tem parte das lojas encerradas. Esta situação, segundo os lojistas que exploram os espaços da restauração, bem como a crise e a «falta de promoção do centro comercial», tem afugentado muitos clientes, agravando ainda mais a situação.

sulinformacao

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