Depois da metáfora da dança para falar do embate com o Benfica, Daúto Faquirá mudou o discurso para abordar a partida com o FC Porto, que se realiza este sábado em Olhão. O treinador do Olhanense utilizou o boxe para explicar que quer deixar o ringue do Estádio José Arcanjo com um bom resultado, não se importando se ele surge por KO, KO técnico, ou vitória por pontos…
Para o técnico dos rubronegros, o que importa é conquistar pontos no próximo sábado, mas Daúto Faquirá mostra-se consciente das dificuldades que vai enfrentar, uma vez que, para ele, o FC Porto é a equipa mais consistente dos três grandes.
«Tenho sempre o cuidado de ser o mais realista possível. O Porto, por mais que se diga que está num período de menor fulgor, traz nos últimos 3 jogos da liga, 11 golos marcados e zero sofridos e, logo aí, cai por terra qualquer teoria que nos permitisse considerar este jogo menos difícil do que contra outro grande», afirmou.
No entanto, Daúto Faquirá não atira a toalha ao chão e, depois de um empate em Alvalade e uma derrota na Luz, o treinador rubronegro gostava de atingir um resultado diferente contra o Porto. «Nós gostávamos de contrariar os últimos resultados contra o Porto. Comigo, desde que estou em Olhão ainda não ganhámos. No ano passado nem sequer pontuámos. Era bom se acontecesse, traria mais pontos para o nosso saco, para as nossas cores, e estaríamos mais perto de atingir o que almejamos».
Para conseguir esses pontos, Daúto Faquirá conta com o fator casa, que o técnico considera importante. «Esse costuma ser um factor preponderante no nosso trajeto. Muitas equipas menos fortes conseguem mais pontos em casa. Ainda assim, contra equipas grandes, os jogos são sempre difíceis. É algo que pode jogar a nosso favor, desde que tenhamos a postura, a forma de jogar aliados a esse fator».
O relvado do Estádio José Arcanjo não está nas melhores condições, mas Daúto Faquirá não considera que essa seja uma vantagem para o Olhanense, antes pelo contrário.
«Não procuramos ter o campo mau, estamos a tentar melhorar relvado e penso que o relvado estará melhor no sábado. Já la vai o tempo em que as equipas pequenas mandavam lavrar o campo com uma enxada na zona dos cantos. Não é essa a nossa filosofia. Espero que a relva esteja em condições para assistirmos bom jogo, porque é com esse equilibro, em termos físicos e técnicos, que estamos a fazer o percurso que nos coloca como uma das equipas mais interessantes deste campeonato», concluiu.
