E cá está mais uma fornada de artistas/criadores/performers preparada para as sessões do Festival Tell esta noite, no Teatro Municipal de Portimão, e amanhã, no Teatro Lethes, em Faro, sempre às 21h30.
O elenco desta semana é, de novo, de peso: as performances totalmente às escuras – mesmo, mesmo às escuras! – começam com Lara Li (e desta vez, com tanta escuridão, será quase por telepatia…), continuam com Carlos Norton, o homem dos mil e uns instrumentos, depois seguem com o multifacetado Miguel Bonneville, que promete In The Dark (Killing Parrots Version), e terminam com a bailarina/coreógrafa Leonor Keil, aqui num registo certamente diferente, pelo menos não visual. Este lote de quatro artistas compõe a primeira parte destas terceiras sessões do Tell, tanto em Portimão (quinta-feira) como em Faro (sexta-feira).
Depois do intervalo, será a vez de subir ao palco o escritor valter hugo mãe (e desta vez tanto faz se se escreve o nome dele com maiúsculas ou com minúsculas, porque não se vai ver) e logo depois Ana Luena, que é encenadora, cenógrafa e figurinista, tudo coisas que, às escuras, pouco interessam. Mas ela está ligada ao Teatro Bruto. Será por aí que irá a sua performance?
E, a fechar, certamente com um gosto a jazz, Zé Eduardo.
O Festival Tell é uma co-produção entre a Cassiopeia e os Teatros Municipais de Faro e de Portimão.
Os bilhetes custam sete euros – um euro por cada artista. As atuações, de oito a dez minutos cada uma, são feitas totalmente às escuras, dando corpo, à imagem de Guilherme Tell e da sua maçã, a um desafio arriscado: «o que tens a dizer no escuro?»
Se quiser descobrir o que têm sete artistas a dizer e viver uma experiência única, vá até ao pequeno auditório do Tempo ou ao Teatro Lethes. E deixe-se envolver pelo escuro.
Leonor Keil:
Miguel Bonneville: