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Oito toneladas de gasóleo derramadas na Ria Formosa, depois do violento embate entre um navio e o cais comercial de Faro – foi este o cenário simulado pela Autoridade Marítima do Sul, na manhã desta quarta-feira, num exercício que serviu para testar a capacidade de resposta das equipas de Intervenção do Departamento Marítimo do Sul e da Capitania do Porto de Faro a um incidente deste género, para evitar o alastramento do combustível.

Segundo Marques Ferreira, Comandante da Autoridade Marítima do Sul, o exercício, que envolveu cerca de meia centena de homens, foi «de caráter ordinário. Costumam fazer-se dois ou três por ano», sendo que, em 2012, será realizado mais um simulacro deste género no Algarve.

Se a operação de combate à poluição realizada esta quarta-feira não passou de um cenário criado, nos últimos três anos foi necessário acionar estes meios para resolver acidentes em Olhão e Vila Real de Santo António, daí que seja importante testar a capacidade de resposta a incidentes deste género.

«Em três anos, desde que assumi este cargo, houve três acidentes de menor gravidade. Dois barcos de pesca que se afundaram em Vila Real de Santo António e um incêndio no porto de Olhão», explicou Marques Ferreira ao Sul Informação.

De entre as várias entidades convidadas a participar no exercício – Autoridade Nacional de Proteção Civil, Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Departamento de Gestão da Área classificada do Sul – Parque Natural da Ria Formosa, IPTM, Câmara Municipal de Faro, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente da Ualg e Sociedade Farense das Areias (Sofareia) – Marques Ferreira destacou a colaboração da Universidade do Algarve que, segundo o responsável, é para manter.

«Este exercício teve a particularidade de ter contado com a presença de um investigador da UAlg que traçou o caminho do “espalho” caso a contenção não tivesse sido bem sucedida. Esta colaboração é para continuar, pois a UALG tem meios para simular o espalho dos hidrocarbonetos, que é útil nestes casos», explicou.

Os 50 homens que participaram no exercício estão sediados no Algarve e apenas num derramamento de grandes proporções seria necessário recorrer a meios localizados em Lisboa.

«Quando o derramamento é a nível local ou regional, há meios de resposta à poluição no Algarve, apenas quando atinge o nível 4 é necessário recorrer a Lisboa. Além disso, o Plano Mar Limpo prevê que o Comandante da Autoridade Marítima possa dispor de todos os meios disponíveis na região quer a nível de autarquias, IPTM, etc», concluiu Marques Ferreira.

sulinformacao

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