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O presidente da Câmara Municipal de Lagos Júlio Barroso determinou esta quarta-feira conceder tolerância de ponto aos trabalhadores da autarquia na terça-feira de Carnaval, dia 21 de fevereiro.

Esta tomada de posição, que vem na sequência da circular da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, datada de 7 de fevereiro, fundamenta-se na «tradição dos festejos carnavalescos no concelho de Lagos, nomeadamente os bailes de máscaras, organizados por várias coletividades locais, e os cortejos alegóricos que constituem momentos de grande animação popular, especialmente em Odiáxere, e cuja participação abrange grupos e associações de outras freguesias e locais do concelho».

A autarquia teve igualmente em atenção a «expetativa e o investimento levado a cabo pelas várias entidades organizadoras bem como as consequências resultantes da falta de colaboração ativa dos seus funcionários, quer enquanto dinamizadores, quer enquanto públicos ativos e participativos».

Por outro lado, na data em questão, o presidente Júlio Barroso considera que é «expetável que a frequência de público aos serviços centrais seja nula ou especialmente reduzida, mantendo-se no entanto em funcionamento todos os serviços operacionais, incluindo os piquetes permanentes».

Para além destes, o Museu Municipal, a Fortaleza Ponta da Bandeira e o Mercado dos Escravos vão manter-se abertos ao público neste dia.

A Câmara recorda ainda que, «em tempos, a cidade de Lagos foi palco de desfiles de carnaval, aproveitando o cenário magnífico da Avenida dos Descobrimentos, estudando-se agora a possibilidade de retomar de forma consistente e sustentável a organização destas verdadeiras manifestações da cultura tradicional e de animação de inverno, muito importantes para um destino turístico que padece dos efeitos tão nefastos da sazonalidade.

De acordo com o presidente da autarquia, «este evento de cariz popular e de afirmação da nossa identidade cultural do país é, e deve continuar a ser, um momento alto do período da época baixa do turismo, devendo, face aos constrangimentos financeiros do país e às opções nacionais, ser repensada a sua organização futura, substituindo-se a terça feira de carnaval por mais fins de semana de festejos, constituindo-se assim como um fator adicional de promoção e de competitividade. Iniciativas deste género requerem tempo, em termos organizativos, e não se compadecem com tomadas de decisão em cima da hora e sem consideração por todas as vertentes da questão, nomeadamente as económicas, as do envolvimento emocional e afetivo dos vários intervenientes na organização e, sobretudo, das populações».

 

 

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