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A Câmara de Monchique já adquiriu as Termas da Fonte Santa da Fornalha mas não estão previstas muitas alterações para o complexo nos próximos tempos. O presidente da autarquia Rui André admitiu ao Sul Informação que o objetivo é preservar o espaço como está, sem serem feitas obras de grande monta, mas melhorando as acessibilidades ao público através de uma rota temática.

As Termas da Fonte Santa da Fornalha tiveram um custo para a autarquia de 30 mil euros e, segundo Rui André, esta foi «uma aquisição baseada no simbolismo deste espaço, que tem uma aura de termalismo e é um património que não pode ser deixado perder».

O autarca adiantou ao Sul Informação que, depois de ser finalizado o processo de aquisição, «a autarquia quer criar melhores acessibilidades para o local, criando uma rota temática, melhorar as estruturas do imóvel para evitar mais a sua degradação e instalar um painel informativo onde se explicará as propriedades daquelas águas».

E que propriedades são essas? Rui André explica que o imóvel, conhecido por Termas da Fonte Santa da Fornalha «recebe diretamente águas termais a 27 graus e acredita-se que têm poderes curativos. O espaço era de um privado, mas as pessoas continuaram a ir lá ao longo dos anos por acreditarem nos poderes curativos daquelas águas. A nossa intenção é que o público possa continuar a aceder àquele local de forma aberta».

O percurso que a autarquia quer criar para melhorar a acessibilidade às Termas da Fonte Santa da Fornalha, situadas na freguesia de Alferce, na encosta Sul da Picota, tem algumas particularidades. O autarca explicou que há a intenção de «criar outro espaço de acesso, mas mantendo alguma dificuldade no percurso para que o espaço possa ser preservado como ele é. Para chegar ao local é preciso caminhar por um trilho bonito, que passa por uma pequena cascata e não há o objetivo abrir demasiado ao acesso a automóveis, para que ele não se altere».

A Fonte Santa consiste num pequeno complexo termal constituído por uma correnteza de casas térreas de telha vã, que albergam tanques para banhos dos termalistas e ainda compartimentos onde as pessoas se alojavam alguns dias, enquanto faziam a cura de águas.

Há ainda uma outra fonte, um pouco mais abaixo, chamada «Fonte das Chagas», de águas sulfurosas, mas o acesso está atualmente oculto pelo mato.

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