Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

O processo contra a presidente da Câmara Municipal de Silves no caso Viga d’Ouro foi arquivado, soube o Sul Informação.

O juiz de instrução criminal do Tribunal de Portimão considerou que, para além da questão já ter prescrito, os contratos de factoring tinham sido feitos entre a empresa de construção Viga d’Ouro e um banco, não envolvendo portanto a Câmara. Por isso, segundo o Tribunal, a acusação contra a autarca Isabel Soares não fazia sentido, ou seja, sobre ela não recaíam factos que pudessem indiciar a prática de crime.

Em declarações ao Sul Informação, Isabel Soares disse apenas que o arquivamento significa «um grande alívio». No entanto, sublinhou, «ninguém me paga as dores de cabeça, as preocupações e o desgosto que eu tive com isto tudo».

A presidente da Câmara de Silves Isabel Soares (PSD) foi acusada, em outubro do ano passado, juntamente com dois ex-vereadores, pelo Ministério Público (MP) de Silves, do crime de abuso de poder.

A autarca manifestou-se, na altura, «consternada» com esta acusação, tanto mais que, como salientou numa conferência de imprensa que teve lugar a 19 de outubro, foi por sua iniciativa que, quando teve conhecimento das irregularidades envolvendo o caso Viga D’Ouro, foi aberto um inquérito interno, conduzido por uma jurista exterior à Câmara de Silves. As suas conclusões, que evidenciaram factos graves, foram depois, por sua «determinação» enviadas ao Ministério Público. Ou seja, frisou «foi o próprio Município de Silves quem deu origem ao presente processo».

Neste caso que remonta a 2004, além de Isabel Soares, tinham sido acusados pelo Ministério Público do Tribunal de Silves os ex-vereadores José Paulo de Sousa e Domingos Garcia.

Segundo a acusação citada pelo «Correio da Manhã», os três autarcas «violaram os deveres inerentes às suas funções políticas, colocando em causa a imparcialidade e credibilidade da administração do Estado».

O processo no qual o Ministério Público deduziu agora acusação baseia-se em factos ocorridos entre dezembro de 2004 e julho de 2006, quando a autarquia entregou à empresa Viga d’Ouro, por ajuste direto e sem concurso público, obras da rede de abastecimento de água e drenagem de águas residuais domésticas e pluviais.

O Sul Informação apurou que Isabel Soares e os restantes dois arguidos foram notificados do despacho de arquivamento do juiz de instrução criminal de Portimão na segunda-feira, dia 16 de abril.

O Ministério Público tem agora um prazo de 23 dias para recorrer da decisão. Se o fizer, o caso subirá ao Tribunal da Relação.

 

 

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

Projeto de revitalização da arte do latoeiro apresenta primeiros resultados em Silves

Os primeiros resultados do projeto “A Arte do Latoeiro”, que apostou na reativação deste

Sul Informação

Festa do Porco no Espeto arranca já esta noite em Messines

A III Festa do Porco no Espeto realiza-se de 28 a 30 de Julho,

Sul Informação

Vila do Bispo é o Município do Ano 2017 da região do Algarve

Vila do Bispo é o «Município do Ano 2017» do Algarve, galardão atribuído ontem