Os alunos do Colégio Internacional de Vilamoura (CIV) apresentaram, no passado dia 6, os seus projetos de investigação desenvolvidos ao longo do corrente ano letivo em várias disciplinas.
Estas apresentações contaram com a presença da diretora pedagógica do CIV Cidália Ferreira Bicho, de Seruca Emídio, presidente da Câmara Municipal de Loulé, de Célio Conceição, docente da Universidade do Algarve e Pró Reitor para os assuntos académicos e relações com o ensino básico e secundário, e de João Valsassina, diretor pedagógico do Colégio Valsassina.
“Linguagem, cognição e ciência em contexto escolar internacional”, foi este o título do seminário organizado hoje pelo Colégio Internacional de Vilamoura para a apresentação de alguns dos projetos de investigação desenvolvidos pelos alunos do CIV.
Seruca Emídio, um dos convidados da mesa de honra, empregou as palavras “orgulho”, “qualidade” e “reconhecimento” para se referir ao CIV. “Um trabalho de referência, de qualidade e mérito, um projeto exemplar e diferenciador merecem uma mensagem de reconhecimento e de orgulho enquanto autarquia”, disse o autarca, enaltecendo “o trabalho de uma grande equipa: professores, funcionários, direção… que tem sabido ao longo dos anos afirmar-se num contexto de extrema dificuldade”.
“O ensino como fator de diferenciação” foi ainda realçado pelo professor Célio Conceição, docente da Universidade do Algarve, através do seu painel sobre a importância da língua e da linguagem em contexto internacional e do multilinguismo como fator de distinção essencial.
“O Projeto Educativo da escola é o resultado de um percurso de 27 anos de existência e experiência e, claro, de 25 anos de liderança de Renato Costa”, disse, na ocasião, a diretora pedagógica do CIV.
Cidália Ferreira Bicho adiantou ainda que “este projeto está focado no desenvolvimento das competências linguísticas nas línguas maternas e estrangeiras bem como no desenvolvimento das competências cognitivas. Os projetos de investigação são trabalhos que refletem o trabalho de uma equipa ímpar: os alunos, pelo esforço e dedicação, os professores, pela entrega e rigor, os pais, por serem parceiros, por acreditarem e tanto contribuírem para a valorização do projeto”.
“O que faz as instituições são as pessoas, os alunos, os pais…”, referiu João Valsassina. O diretor pedagógico do Colégio Valsassina reiterou as palavras da diretora do CIV, em memória do trabalho desenvolvido por Renato Costa, que faleceu em dezembro passado e foi diretor pedagógico do CIV durante 25 anos.
A resolução de problemas, o primeiro painel da sessão, apresentado pela professora Teresa Grossman e pela educadora Maria da Luz Gago, e cujo teor começou a ser delineado em julho de 2011, impulsionado pelo entusiasmo e pela visão de futuro de Renato Costa.
Os rios no mundo, apresentado pelo aluno Rodrigo Faria, do 6.º ano, mostrou aos presentes métodos de investigação, pistas e expectativas e permitiu ao aluno chegar à conclusão que “várias investigações levam a vários resultados”, numa simbiose de trabalho, humor e consciência ambiental.
Depois das curiosidades do trabalho de Katia Oliveira, do 6.º ano, com Os nomes próprios, As pontes de esparguete, apresentado pelos alunos Guilherme Amado, Gonçalo Martins, Lucas Hamman e Tomás Santos, do 9.º ano, constituiu um momento alto entre a plateia, na medida em que os alunos mostraram a resistência e o estudo de forças (equilíbrio das forças de tração e compressão) através de uma ponte construída com esparguete alimentar e cola térmica, conseguindo suportar na mesma um peso de 15 quilos.
DN Extraction from strawberries, pelas alunas Claudia Zhu, Mariana Mendes, Matilde Caetano e Khira Blohm, do Year 9, revelou aos presentes como, através da mistura de morango líquido, sal, água e álcool frio, o ADN flutua até ao topo e é claramente visível como uma substância branca.
Jasmine Cachoeiro, do Year 12, deu a cheirar aos presentes o aroma de uma aspirina produzida nos laboratórios do CIV com o seu projeto Synthesizing Aspirina in organic chemistry.
Seguiram-se os trabalhos O Vulcanismo nos Açores, pelo aluno David Mendes, do 10.º ano, e Estudo de trajetória, pelos alunos Aldo Schaaf e João Vieira, do 12.º ano. Os finalistas mostraram o caso dos vidros partidos por bolas de golfe, atiradas a partir do campo de futebol relvado, mediante a criação de um modelo matemático para descrever a situação. Os alunos desenvolveram um modelo virtual 3D do CIV, mostrando a trajetória calculada numa animação informática.
Diogo Serra, do 12.º ano, apostou forte na amostra dos métodos de investigação para o seu trabalho A consciência dos política dos jovens, o que lhe permitiu conclusões surpreendentes relativamente à cultura política dos jovens.
Os projetos de investigação promovem o desenvolvimento de hábitos de pesquisa, seleção e organização de informação, permitindo relacionar diferentes áreas de saber e tem permitido aos alunos a descoberta de que tudo o que está à sua volta pode – e deve – ser estudado, apelando aos conteúdos programáticos das várias disciplinas, numa dinâmica interdisciplinar. A investigação em contexto escolar internacional tem sido uma prática pedagógica privilegiada na escola, transversal a todo o percurso académico, desde o jardim de infância ao ensino secundário.
Paralelamente às capacidade de pesquisar, selecionar e hierarquizar informação, sintetizar, relacionar conteúdos, os alunos desenvolvem as suas capacidades comunicativas nas vertentes escrita e oral. À redação sucede-se a apresentação oral das conclusões, para discussão em grande grupo. A eloquência, o uso da palavra com propriedade, fluência e correção, apoiado por recursos verbais e não verbais, são fatores essenciais para envolver a audiência, e que foram visíveis nesta sessão.