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O ministério da Agricultura está neste momento a trabalhar para «disponibilizar verbas do Proder para as ações de emergência do pós-incêndio, o que tem de ser feito agora, muito brevemente» para começar a fazer face aos prejuízos agrícolas e florestais resultantes dos incêndios que queimaram 26 mil hectares da Serra do caldeirão, em julho passado.

À margem de uma visita ao Refúgio Aboim Ascensão, a ministra da Agricultura Assunção Cristas assegurou esta sexta-feira que estes apoios são para chegar no curto prazo e que já estão a ser feitos «os projetos e a deteção das áreas prioritárias».

Por outro lado, lembrou que o Programa Europeu de Desenvolvimento do Interior Proder tem «100 milhões de euros para a floresta e uma execução mais baixa nesta área do que nas outras», verbas que podem ser canalizadas para reflorestação.

A ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território reuniu-se esta sexta-feira com os técnicos da Direção Regional de Agricultura e assegurou que os trabalhos de avaliação dos prejuízos «estão muito adiantados» e no final do mês de agosto estará pronto o relatório da comissão que foi criada para fazer este levantamento.

Ainda assim, Assunção Cristas não quer adiantar valores, para já. Depois desta fase de intervenção de emergência, passar-se-á a uma próxima de «reposição da capacidade produtiva». «Aqui há uma distinção entre a agricultura e floresta. A primeira pode ser mais imediata, enquanto a floresta precisa de estabilização e só daqui a um ano é que se pode identificar exatamente o que se pode fazer e onde», explicou.

 

Bolsa de Terras pode avançar na área ardida do Caldeirão

«Entretanto, tenho dito que esta é uma área onde temos uma associação florestal relevante, onde temos um projeto piloto de cadastro, quer em Tavira, quer em São Brás de Alportel. Contamos, no âmbito do trabalho que o Governo está a desenvolver, ter aqui uma zona piloto para testar uma série de soluções, nomeadamente aquelas prevista na nova lei da Bolsa de Terras, que está no Parlamento e que eu espero que em setembro possa, de facto, a vir a ser aprovada», adiantou Assunção Cristas.

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