O Partido Socialista de Portimão manifestou hoje, em comunicado, a sua preocupação pelas consequências da greve dos trabalhadores que operam no Porto de Portimão, marcada para 17 a 24 de setembro. Segundo os socialistas, a «inépcia do Governo está a provocar graves prejuízos na economia local e regional».
Lamentando ainda que «tenha sido necessário o recurso à greve para salvaguardar direitos laborais» desses trabalhadores, o PS diz temer que «possa constituir o início de futuras contestações» e manifesta-se preocupado «com as consequências nefastas desta radicalização de posições».
Os socialistas consideram que a greve é «desastrosa para o Algarve», porque «está a provocar graves prejuízos para a economia regional, estimando-se prejuízos na ordem dos 100.000 euros pelas escalas já canceladas».
«Consideramos preocupante que num espaço de uma semana 10% das escalas previstas para 2012 tenham sido canceladas, sem que haja qualquer sinal por parte do governo que a situação se vai resolver», acrescenta o PS.
Para os socialistas, é «desastroso para o futuro do Porto de Portimão que as autoridades competentes não sejam capazes de avisar com antecedência as companhias de cruzeiros se há ou não condições para o Porto receber as escalas. Provocando que os navios ficam ancorados ao largo sem saberem se podem ou não entrar no Porto».
«Ao longo dos últimos anos temos defendido a constante valorização do Porto de Portimão e apoiado a política da autarquia de captação de novas e mais escalas para o Algarve. O Porto de Portimão é hoje um dos principais portos de cruzeiros do país, sendo que tem registado maior crescimento em número de escalas e passageiros», sublinha o PS/Portimão.
No entanto, frisam, «tememos que todo este trabalho esteja a ser fortemente comprometido».
Daí que os socialistas portimonense lancem «um apelo muito forte ao Governo: já que não foi possível evitar a greve que se tire dela as devidas ilações. Deve-se promover no imediato a aproximação de todos os atores envolvidos, com elevado sentido da responsabilidade pública, no sentido de acabar este greve que não tem data de fim e que se cancele as greves previstas de 17 a 24 de Setembro».