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O Município de Olhão entregou ontem, a cinco instituições do concelho, talhões destinados a agricultura biológica na Horta João Lúcio. A partir de agora, as associações RIAS, MOJU, Verdades Escondidas, CCD do Município e a Cruz Vermelha de Olhão têm a seu cargo um terreno onde é possível cultivar legumes variados.

Os protocolos de cedência foram assinados ontem à tarde, na Casa João Lúcio, depois de durante todo o dia ter sido dada formação aos técnicos de cada entidade responsáveis pelo projeto das hortas biológicas.

Para além de um workshop durante a manhã, com algumas explicações teóricas sobre a melhor forma de aproveitar os espaços agora destinados às instituições, os seus representantes tiveram também possibilidade de começar a ‘colocar mãos à obra’, com as primeiras aprendizagens práticas no terreno.

Durante a formalização da entrega dos terrenos, o presidente do Município de Olhão, Francisco Leal, referiu-se à importância da cedência destes espaços, até com objetivos pedagógicos, para crianças e famílias.

“Queremos que estas hortas tenham uma grande força em termos pedagógicos e que se mostre a importância das culturas biológicas com recurso a produtos de génese natural em detrimento das culturas que recorrem a produtos químicos de síntese, o que é muito melhor para a saúde”, referiu o autarca, destacando a importância que se está a dar, cada vez mais, ao setor primário, nomeadamente às pescas e à agricultura”.

O presidente da autarquia olhanense deixou um desejo aos futuros hortelãos: “Que consigam ter grandes e boas produções para vosso consumo!”.

O utilizador de uma horta no local, fruto de um concurso anterior, serviu de exemplo e incentivo aos novos ‘agricultores’, mostrando os legumes que já recolhe, como brócolos, couves ou favas, na visita que foi feita aos talhões que dentro de meses terão várias espécies a brotar da terra.

Este projeto conta, entre outros, com o apoio da Associação In Loco. Durante o dia, o workshop sobre agricultura biológica foi ministrado por Ana Arsénio e na cerimónia de atribuição dos talhões, o coordenador de projetos Artur Gregório disse ser “com orgulho que vemos mais um concelho aderir a este conceito de agricultura, que permite uma reaproximação entre as pessoas e a terra”.

O espaço da Horta João Lúcio está dotado de várias zonas e equipamentos, com destaque para o terreno da Horta, dividido em cinco talhões, com cerca de 50m2 cada um, uma zona de compostagem, pontos de acesso à água para rega das culturas agrícolas, zona de circulação, descanso e convívio e ainda uma sala de formação, arrecadação para alfaias agrícolas, laboratório, oficina e instalações sanitárias.

A gestão da Horta ficará a cargo de uma equipa constituída por elementos da Câmara Municipal de Olhão com a colaboração da Associação In Loco. Os produtos originários desta produção devem destinar-se ao uso exclusivo das instituições.

Este projeto da Horta João Lúcio está integrado na iniciativa aHorta (http://ahorta.ning.com/), servindo também como partilha de conhecimentos entre os membros.

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