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Uma ocupação idêntica à registada no ano passado, mas com períodos de permanência mais curtos e receitas mais baixas, é a expectativa da principal associação hoteleira do Algarve para as férias da Páscoa.

O presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, justificou esta expectativa com a quebra na procura de turistas nacionais e espanhóis devido à crise nos dois países e às portagens na Via do Infante (A22), com a descida dos preços e com o facto de a Páscoa ser este ano “muito cedo”.

“As ocupações para a Páscoa não serão muito diferentes das do ano passado, mas com estadias mais curtas. Antes, as pessoas vinham por períodos mais longos, agora vêm por períodos mais curtos”, afirmou, frisando que a ocupação se concentrará no fim de semana, “até porque este ano também não há tolerância de ponto na quinta-feira”.

Elidérico Viegas sublinhou que “os preços estão mais baratos” por “ainda ser época baixa” para o turismo algarvio.

O dirigente da AHETA acrescentou que a “diminuição de procura por parte dos espanhóis” se justifica igualmente “por razões económicas da própria Espanha, mas também das questões das portagens na Via do Infante, que tem tido influência negativa na procura da região por turistas” provenientes do outro lado da fronteira.

“Em termos de ocupação naqueles três dias, não será muito diferentes do ano passado, mas com receitas inferiores. O início da época turística por parte dos operadores estrangeiros começa nesta altura, mas não começa com a mesma dinâmica do que se fosse no mês de abril”, observou ainda o dirigente.

O presidente da AHETA disse que há “hotéis de categorias superiores com ocupações muito interessantes nesta época do ano”, mas reconheceu que “aqueles períodos de enchente no Algarve durante a Páscoa, quando tudo estava completamente esgotado, já não existem”.

As “ocupações interessantes” de alguns hotéis de cinco estrelas devem-se, segundo Elidérico Viegas, aos “preços mais convidativos” que permitem a “pessoas com menor poder de compra acederem a eles” e ao facto de “quem tem mais dinheiro enfrentar melhor a crise”.

O dirigente frisou, no entanto, que os hotéis de cinco estrelas “são aqueles em menor quantidade” e “não são o grosso da oferta” do Algarve.

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