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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) acaba de esclarecer, em comunicado, que «não tem conhecimento do fundamento técnico científico» que suporta a notícia veiculada hoje, 28 de maio, nos meios de comunicação social nacionais e internacionais de que o «Verão de 2013 será o mais frio dos últimos 200 anos na Europa Ocidental».

O IPMA acrescenta que a previsão sazonal que disponibiliza mensalmente resulta de quatro sistemas de previsão acoplados: três europeus – ECMWF, Met Office, Météo-France – e um norte americano – NCEP.

«Estes modelos estão sujeitos às mesmas condições de integração, sendo os parâmetros estatísticos obtidos face a um período de referência comum de 20 anos (1991-2010). Esta previsão tem um alcance de meio ano, apresentando cenários na forma de anomalias de temperatura e precipitação para conjuntos de três meses».

A previsão mais recente disponibilizada pelo IPMA, para o trimestre junho, julho e agosto, sugere um cenário para Portugal Continental em que «a probabilidade da temperatura média ser inferior ao normal é de 40 a 60%, com uma anomalia negativa entre -0.5 e -0.2 °C». Ou seja, as previsões apontam apenas para que as temperaturas, entre julho e agosto, estejam apenas 0,2 e 0,5 graus Celsius abaixo da média em todo o território continental.

O IPMA acrescenta que «a probabilidade da temperatura média neste período ser inferior ao percentil 20 é de 30 a 40%».

Nas latitudes médias, em que Portugal se encontra, a previsão sazonal «apresenta ainda um baixo grau de confiança, quando comparada com as latitudes tropicais, onde o grau de confiança é maior».

Por este motivo, «a previsão sazonal deve ser analisada com reservas», conclui o IPMA.

A notícia de que este poderia ser o verão mais frio dos últimos 200 anos foi adiantada pelo canal francês de informação meteorológica La Chaine Météo.

Este canal tem mesmo especulado que 2013 pode vir a ser um «ano sem Verão» na Europa, tal como aconteceu há dois séculos, em 1816. Como base para essa especulação, apresenta uma conjugação de fatores, em que o destaque vai para o inverno frio e húmido que se viveu.

No entanto, a agência meteorológica francesa France Météo, equivalente ao português IPMA, não reconhece este cenário e diz que os dados disponíveis não permitem chegar a conclusões fiáveis

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