O terceiro navio do Parque Subaquático Ocean Revival, a Fragata ex-NRP “Comandante Hermenegildo Capelo”, vai ser afundada no sábado, dia 15 de junho, depois de, em outubro passado, se ter efetuado a imersão deliberada dos ex-NRP “Oliveira e Carmo” e ex-NRP “Zambeze”, também da Marinha Portuguesa.
A fragata, que chegou ao Porto de Portimão no dia 29 de maio, tem estado atracada a ser preparada para o afundamento, nomeadamente com a colocação dos explosivos de recorte que irão provocar a sua imersão em poucos minutos.
No sábado, o navio começará a ser rebocado às 7h00, para ser posicionado e fundeado, entre as 9h00 e as 11h00, no local previsto para o seu afundamento, frente à praia de Alvor.
Entre as 13h00 e as 13h15, terá então lugar a imersão da antiga fragata. Às 14h00, será feito um mergulho de inspeção do navio, após o que, se tudo correr bem, entre as 15 e as 16h30, deverá decorrer o primeiro mergulho oficial no navio, reservado a mecenas, ou seja, a pessoas que apoiaram o Projeto Ocean Revival.
Além disso, entre as 7h00 e as 17h00 de sábado, será definido um perímetro de segurança de meia milha, dentro do qual não será permitida a entrada de embarcações não autorizadas.
A partir de domingo, 16 de junho, se a operação tiver decorrido de acordo com o previsto, o navio estará aberto ao público, sendo possível mergulhar.
No entanto, durante um período de duas a três semanas, estará proibida a penetração na antiga fragata.
Em tempo oportuno, a Capitania do Porto de Portimão anunciará a abertura do navio a qualquer tipo de mergulho incluindo penetração para mergulhadores devidamente certificados.
O Projeto Ocean Revival tem por objetivo a criação, ao largo de Portimão, de um recife artificial visitável por turistas de mergulho de todo o mundo, dinamizando desta forma a economia local ao longo de todo o ano.
No polo de turismo subaquático do parque Ocean Revival já podem ser visitados o patrulha-oceânico “Zambeze” e a corveta “Oliveira do Carmo”, submersos no dia 30 de outubro passado, faltando ainda o navio oceanográfico “Almeida Carvalho”, que será afundado em setembro próximo, provavelmente no dia 21.
Os quatro navios desta frota, que marcaram a história da Marinha Portuguesa, funcionarão como recifes artificiais num fundo de areia, constituindo uma paragem obrigatória para o importante nicho do turismo de mergulho, com a previsão que ao longo dos primeiros dez anos sejam atraídos um total de 620 mil mergulhadores e suas famílias, o que poderá constituir um importante estímulo para a economia local.
Nos dois navios que foram ao fundo em outubro, já foram feitos desde então, e apesar dos temporais de inverno, mais de 2500 mergulhos, o que é um recorde para a atividade na época baixa turística, revelou ao Sul Informação Luís Sá Couto, da empresa Subnauta e membro fundador, com a Câmara de Portimão, da Associação Musubmar, que promove o projeto de incremento do turismo subaquático através do afundamento de quatro antigos navios da Armada Portuguesa.
As operações do afundamento decorrerão de acordo com o seguinte programa:
07h00 / 09h00 – Reboque da Fragata “Hermenegildo Capelo” para o Parque Ocean Revival
09h00 / 11h00 – Posicionamento e fundeio do navio na sua posição
11h00 / 13h00 – Preparação para o afundamento
13h00 / 13h15 – Imersão deliberada da Fragata “Hermenegildo Capelo”
13h15 / 14h00 – Período de espera
14h00 / 15h00 – Mergulho de inspeção do navio
15h00 / 16h30 – Primeiro mergulho oficial no navio reservado a mecenas