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Mais de uma centena de curtas-metragens, de realizadores de diversos países, vão dar-se a conhecer em Faro, em mais uma edição do Festival de Curtas Metragens de Faro Farcume, que decorre de 28 a 31 de agosto, na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve (EHTA).

Ao longo de quatro dias, os aficionados da sétima arte terão ao seu dispor mais de 20 horas de cinema, a ser exibido em sessões paralelas, muito dele produto nacional, mas também vindo do Brasil, Argentina, Espanha, Canadá, Estados Unidos e Alemanha.

Ao todo, a organização recebeu 164 candidaturas, as quais foram reduzidas a 106 curtas-metragens para exibição. Uma grande quantidade de propostas, que obrigou a organização, a cargo da Associação Faro 1540, a mudar o figurino desta 3ª edição do festival, em relação às duas anteriores.

Além de manter as sessões paralelas, a decorrer nos claustros da EHTA e no interior da escola, a Faro 1540 optou por «aumentar o festival de três para quatro dias» e deixar cair a meia-final e final do concurso. «Os filmes serão todos exibidos e os vencedores serão anunciados no último dia», revelou o presidente da associação Bruno Lage ao Sul Informação.

«Havia muita qualidade nas curtas que nos chegaram e dava-nos pena deixar de fora algumas delas, em alguns casos curtas premiadas. Por isso, optámos por mudar o modelo, para podermos exibir todas», revelou.

Muitas das curtas que irão ser exibidas em Faro vão estrear em Portugal, mas também há casos de filmes já antes exibidos e premiados. Bruno Lage dá o exemplo «A Ria, a Água, o Homem», de Manuel Matos Barbosa, uma obra de animação com base nos textos de Raul Brandão sobre a Ria de Aveiro, distinguido com o Troféu de Prata para Animação no «Tour Film Brazil – International Festival», entre outras distinções.

Este é apenas um exemplo, não só dos filmes premiados a exibir, mas do intercâmbio cada vez maior entre os dois lados do Atlântico, nomeadamente, Portugal e Brasil. O Farcume irá contar com um forte contigente de curtas e realizadores brasileiros «que virão de propósito a Faro para assistir ao Festival».

«Isto dá para ver que o Festival já vingou a nível internacional», considerou Bruno Lage, que recordou que no ano passado já houve curtas internacionais a concurso, mas não tantas como as que haverá em 2013. «O festival tem vindo a crescer e as pessoas sentem cada vez mais entusiasmo e curiosidade», acrescentou.

 

Farcume já é espaço de encontro entre realizadores

Mais do que mostrar curtas-metragens, o Farcume pretende ser igualmente «um ponto de encontro para os realizadores» e, porque não, um ponto de promoção do trabalho em rede.
Algo que já começa a acontecer, segundo Bruno Lage. «Esta semana estava a falar com um realizador e ele disse-me que estava à procura de uma equipa para rodar uma curta e já tinha combinado encontrar-se com um colega no festival, para combinarem uma colaboração futura», disse.

O Farcume’13 vai ser lançado no dia 28 com a iniciativa «Urban Sunset», nos claustros da EHTA, que contará com uma prova de vinhos algarvios. Este evento surge através de uma parceria entre a Faro 1540 e a Comissão Vitivinícola do Algarve.

A festa segue com exibição de cinema ao longo do dia, seguido de sessões de convívio no bar «Jamm», na Vila-Adentro de Faro. O mesmo espaço comercial irá acolher a festa de encerramento do Festival, no dia 31 de agosto.

As entradas no festival custam 3 euros por dia, a ser adquiridos no recinto no dia em questão, mas quem quiser poderá comprar um passe válido para todos os dias de festival por 8 euros.

sulinformacao

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