A JS Algarve critica a decisão tomada pelo Turismo de Portugal de reduzir em 42% a oferta formativa das Escolas de Hotelaria e Turismo sob sua tutela.
Segundo os jovens socialistas, esta decisão implica a «não abertura de oferta formativa nas Escolas de Portimão e Vila Real de Santo António para o ano letivo de 2013-2014, mantendo-se a oferta formativa na Escola de Faro, sede do Agrupamento do Algarve».
Dando como exemplo o impacto da decisão no Barlavento Algarvio, onde são geradas cerca de 66% das receitas turísticas da região, a JS salienta que «os alunos das turmas de Cursos de Educação e Formação (CEF) que terminaram este ano o 9º ano nas Escolas do Ministério da Educação, terão à sua disposição apenas duas turmas de CEF e alguns cursos ministrados pelo IEFP, situação que deixa sem solução muitos alunos que procuram continuar a sua formação nesta área».
A JS Algarve considera que o «IEFP, cuja oferta não absorverá todos os candidatos, não tem o “know how”, a cultura organizacional nem capacidade técnica instalada para ministrar formação nas áreas turísticas e hoteleiras, pelo que não constituem alternativa a uma formação de qualidade que tem sido assegurada pelas EHT».
«A região do Algarve, âncora do Setor do Turismo, e os seus empregadores, irão ressentir-se da falta de mão-de-obra devidamente qualificada, o que trará perdas ao nível da qualidade da oferta, assim como das receitas de um setor vertebral para a região e para o país, cuja atividade tem um peso significativo ao nível da produção de riqueza», salienta a JS.
A Juventude Socialista algarvia conclui que «esta é uma decisão errada do Turismo de Portugal, que olha para o deficit de sustentabilidade das Escolas de Hotelaria e Turismo como um custo e não como um investimento na educação e na formação, num setor que deve ser visto como uma das principais armas para atacar o flagelo do desemprego e da sazonalidade de emprego na região, pelo que necessita de uma rede de ensino profissionalizante de qualidade, capaz de corresponder às suas necessidades formativas».
Apesar das afirmações de vontade futura do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, a JS Algarve considera que, «ao iniciar-se um processo de redução de atividade como a que se assiste, poderá indiciar um processo de encerramento lento das EHT».