O Bloco de Esquerda não apresenta candidatura à Câmara de Loulé para «facilitar a convergência de votos à esquerda na candidatura capaz de derrotar o PSD», esclareceu o partido em comunicado.
O BE louletano concorre apenas à Assembleia Municipal para «poder reforçar a sua representação nesse órgão e aí continuar a defender os direitos dos cidadãos, ao emprego, à saúde, à educação, sendo também uma voz firme na denúncia de negociatas e favorecimentos».
Segundo os bloquistas, «quando tomou posse na Câmara Municipal de Loulé, o PSD herdou uma dívida de 36 milhões de euros. Atualmente a dívida é de 83 milhões (valor em 31 de Dezembro de 2012)».
Por outro lado, acrescenta o BE, «quando, no final de 2012, as dívidas a fornecedores eram pagas com longos meses de atraso e atingiam os 15 milhões de euros, a Câmara recorreu à obtenção de um empréstimo (PAEL) que permitiu pagar essas dívidas, vangloriando-se agora, que paga regularmente aos fornecedores».
No entanto, salienta, «o PSD omite que esse empréstimo a cinco anos, impôs o aumento de taxas e tarifários, o aumento do IMI, a redução de serviços e de pessoal, com prejuízo na qualidade do serviço público. A isto se chama omitir para enganar!».
Por isso, diz o Bloco, «o objetivo é claro: derrotar a política de direita e retirar o PSD da Câmara de Loulé!».
Mas os bloquistas louletanos defendem ainda, em comunicado, que «a candidatura do PSD à Câmara de Loulé é uma extensão para o nível local das políticas do governo PSD/CDS. O executivo PSD tem sido um fiel seguidor do governo, cortando nas remunerações dos mais mal pagos, mantendo as regalias dos cargos mais bem pagos e degradando a qualidade dos serviços prestados à população. Derrotar a política do PSD a nível local é contribuir para a sua derrota a nível nacional».