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Manter as contas em ordem, pagando a tempo e horas, ao mesmo tempo que se tenta fazer algum investimento e se procura fazer de Tavira uma cidade turística «todo o ano», são alguns dos objetivos assumidos esta segunda-feira por Jorge Botelho, ao ser reempossado como presidente da autarquia tavirense.

Depois da Tomada de Posse, que teve lugar esta segunda-feira, continuidade é a palavra certa a usar, após o desfecho das últimas autárquicas, já pouco muda no figurino dos órgãos autárquicos. O presidente da Câmara é o mesmo, mantém a maioria e também José Baía continua como presidente da Assembleia Municipal, acompanhado pelos mesmos secretários na Mesa.

Já no executivo, há mais do que uma cara nova, com destaque para José Estevens, que tentou o “assalto” à Câmara de Tavira, vindo do concelho vizinho de Castro Marim, onde era o edil, mas acabou derrotado nas eleições. Ontem, tomou posse como vereador da oposição.

«Neste mandato, há três vetores essenciais. Desde logo algo que eu acho que sem a qual nada se faz: contas municipais em ordem e pagamento a tempo e horas. Se deixarmos desequilibrar isto outra vez, como estava, não vai correr bem», revelou aos jornalistas Jorge Botelho, à margem da cerimónia.

«O meu desafio é continuar a pagar a 30 dias ou menos, ter a casa a gastar cada vez menos e libertar dinheiro para fazer alguns investimentos e apostar na coesão social», resumiu.

Outro vetor prioritário são «as obras municipais» e Jorge Botelho dá o exemplo do local que acolheu a cerimónia da Tomada de Posse, o Cine-teatro António Pinheiro. «Estamos à espera que abra uma linha de apoio no Programa Operacional regional para a reabilitação urbana, ao qual iremos candidatar vários projetos», revelou.

Também a rede viária será alvo de intervenção, uma vez que se encontra «muito degradada, fruto de anos sem investimento nenhum». «Já conseguimos libertar algumas verbas para isso e iremos continuar», assegurou.

O terceiro vetor «é uma fortíssima componente social», bem como «um reforço das parcerias para que possamos atacar alguns focos de problemas de pobreza e exclusão social que a Câmara, só por si, não pode resolver».

Outro objetivo, intimamente ligado à candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Mundial, que em Portugal tem Tavira como comunidade representativa, é conseguir dinamizar ainda mais o turismo de Tavira, para que se estenda ao longo «de todo o ano».

A ideia é capitalizar «a enorme projeção internacional» que este reconhecimento da UNESCO, sobre o qual a organização vai deliberar em dezembro próximo, trará ao concelho.

No centro de toda a estratégia, garantiu ainda Jorge Botelho, estará a população «que será de novo chamada a interagir», com a continuação do Orçamento Participativo.

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