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A «Mal sabida Olhão» de Francisco Fernando Lopes (1884 – 1969) vai ser recordada numa sessão que a APOS –Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão vai organizar na Sociedade Recreativa Olhanense, dia 30 de novembro, às 16 horas.

Uma conferência que terá como oradora Andreia Fidalgo, Licenciada em Património Cultural, que acabou recentemente o Mestrado em História do Algarve, com a tese final sobre Francisco Fernandes Lopes.

O cidadão olhanense que é focado na sessão «foi uma das personalidades mais marcantes do panorama cultural algarvio e nacional da primeira metade do século XX, que permanece ainda pouco reconhecida». «Nascido em Olhão, onde residiu quase toda a sua vida, e formado em Medicina, Fernandes Lopes foi muito mais que um vulgar “médico olhanense”, epíteto pelo qual ficou conhecido, mas que não lhe faz jus, uma vez que foi um intelectual multifacetado e interessado nas mais diversas áreas do saber e cuja atividade intelectual extravasou largamente o âmbito local, regional e mesmo nacional», revela Andreia Fidalgo, num excerto sobre a sua conferência.

Além da sua atividade como clínico, foi «filósofo, professor, historiador e musicólogo», facetas pelo qual é reconhecido, bem como «pela incansável divulgação da vila cubista que procurou colocar no mapa de Portugal, dando a conhecer as suas singularidades».

«Em Olhão empenhou-se na elevação do nível cultural da população ao organizar, entre 1924 e 1929, um programa de concertos de Divulgação Musical, que fez com que à vila olhanense se deslocassem personalidades consagradas do meio musical contemporâneo. Na sua “mal sabida Olhão”, como ele próprio a caracterizava devido ao injusto desconhecimento a que a vila estava votada, foi cicerone dos mais ilustres visitantes, a quem fazia questão de mostrar as belas e invulgares açoteias olhanenses», acrescenta a investigadora.

«Interessado em filosofia, história, arte, política, literatura e música, Fernandes Lopes tem uma vasta e interessante obra publicada acerca dessas e de outras temáticas. É de destacar sobretudo a sua faceta de musicólogo, da qual resultaram diversos ensaios e, inclusivamente, a obra As Cantigas de Santa Maria do Rei Afonso X, o Sábio, e a sua Música (1952), assim como a sua faceta de historiador, pelo qual obteve reconhecimento nacional em 1960, ao ficar em 2º lugar no concurso “Grande prémio Infante D. Henrique”, promovido pela Comissão Executiva do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, com o estudo A Vida e a Obra do Infante D. Henrique», concluiu.

 

Breve nota biográfica sobre Andreia Fidalgo:

Andreia Fidalgo é licenciada em Património Cultural pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, e Mestre em História do Algarve pela mesma Universidade, sendo que a sua tese de mestrado versou sobre o médico olhanense Francisco Fernandes Lopes (1884-1969).

Entre Dezembro de 2010 e Novembro de 2013 foi bolseira da Biblioteca da UAlg, onde trabalhou no projecto de tratamento de organização do Espólio Documental do Dr. Joaquim Magalhães (1909-1999), apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. É, desde 2008, membro do Centro de Estudos de Património e História do Algarve (CEPHA/UAlg), no qual tem participado como investigadora e na organização de diversas actividades.

Desde o ano letivo 2009/2010 tem sido colaboradora assídua da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UAlg, na docência da unidade curricular de História da Cultura Moderna aos cursos de licenciatura em Património Cultural e Arqueologia.

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