O novo Reitor da Universidade do Algarve António Branco, eleito esta quarta-feira de manhã, quer integrar-se, o mais depressa possível, «no movimento e na negociação que o Conselho de Reitores das Universidade Portuguesas e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnico estão a ter com o Governo».
Algo que deverá acontecer assim que tome posse, no dia 18 de dezembro, dia escolhido para a Sessão Solene do Dia da Universidade do Algarve.
Durante a campanha, António Branco enfatizou que o problema financeiro da UAlg era «também um problema político» e voltou a reafirmá-lo ao Sul Informação, horas depois de ter sido o escolhido pelos membros do Conselho Geral para suceder a João Guerreiro.
A UAlg está entre as Instituições de Ensino Superior do país com maiores dificuldades e, embora ainda não tenha tido a oportunidade de conhecer conhecer as contas com detalhe, António Branco considera que a solução passará sempre por aqui. «Seja qual for a situação financeira da UALG, esta é uma questão que terá de ser resolvida politicamente e quero participar ativamente na busca de uma solução», disse.
Além da «prioridade máxima» que é a concertação com os seus pares, para levar a cabo uma luta no campo político contra os sucessivos cortes decretados pelo Governo nas transferências diretas do Estado para as Instituições de Ensino Superior, o agora eleito Reitor também dará uma especial preocupação ao Orçamento da UAlg para 2014, assim que tome posse.
O documento apresentado pela equipa reitoral cessante não foi aprovado pelo Conselho Geral e António Branco promete uma «análise detalhada» às contas da UAlg. Ao mesmo tempo, irá lançar a discussão dentro da academia, para que haja uma governação participada, outra das bandeiras do seu programa de ação. «Um Reitor, sozinho, não vai conseguir fazer nada», afirmou.
«A campanha para a Reitoria ajudou a academia a tomar consciência da real situação da universidade», considerou, algo que acredita que pode servir de incentivo quando os seus membros forem chamados a participar.
E, como o exemplo deve ser dado de cima, António Branco vai ter uma equipa reitoral reduzida, com apenas mais dois elementos, um do subsistema universitário e outro do politécnico. Uma medida que não deverá ter um peso significativo nas contas da UAlg, mas que pretende passar a mensagem de que todos terão de dar mais de si mesmos, começando pelo Reitor e a sua equipa.
Ao mesmo tempo que olha mais para dentro, António Branco também promete olhar para fora e promover «uma maior aproximação à região».