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«O reconhecimento da cultura portuguesa e mediterrânica pela comunidade mundial enche-nos de grande satisfação». Foi assim que Jorge Queiroz, chefe da Divisão de Cultura, Património e Museus da Câmara de Tavira, reagiu ontem, a partir de Baku (Azerbeijão), à aprovação da classificação pela UNESCO da Dieta Mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade.

A classificação foi aprovada ontem, quarta-feira, eram 17h50 em Baku, no Azerbeijão (13h50 em Portugal), em pouco mais de dois minutos, sem discussão nem objeções. A aprovação foi dada durante a 8ª sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, que está a decorrer até sábado na capital daquele país do Cáucaso.

Depois de, em 2010, ter sido apresentada e aprovada a candidatura conjunta da Grécia, Itália, Espanha e Marrocos, ontem foi a vez dos cerca de 800 delegados e observadores de 116 países presentes na sessão em Baku aprovarem a extensão desta classificação à candidatura de outros três países – Portugal, Chipre e Croácia.

A sessão em Baku, momentos antes da aprovação da Dieta Mediterrânica

«Pelo que conseguimos saber aqui no Azerbeijão, esta alegria é partilhada neste momento pela generalidade dos portugueses, a quem pertence este património milenar, os verdadeiros protagonistas desta candidatura», acrescentou Jorge Queiroz, em declarações ao Sul Informação.

Queiroz, que foi o responsável pela coordenação do dossier técnico desta segunda fase da candidatura transnacional – que envolveu as comunidades de Tavira (Portugal), Agros (Chipre) e Hvar e Brac (Croácia) – acrescentou que «estiveram presentes nesta reunião da UNESCO, em Baku, 116 Estados , sendo a mais participada de sempre».

«A nossa candidatura correspondeu a todas as exigências da UNESCO, foi apresentada pelo Comité Intergovernamental como um exemplo e Portugal foi elogiado pela coordenação técnica que assumiu para os sete estados proponentes», recordou. Daí que, como salientou, a candidatura tenha sido «aprovada e aplaudida com emoção».

Recordando os dois anos e meio de trabalho, Jorge Queiroz disse que «desde Janeiro de 2011 que trabalhámos para que este momento viesse a acontecer».

«O Algarve obteve a sua primeira inscrição na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO e Portugal a segunda inscrição depois do fado. parabéns ao Algarve e a Tavira».

Por isso, concluiu, «faço votos para que a nossa cultura possa ser cada vez mais reconhecida e valorizada e que a nossa região, que tem no turismo a sua força principal força motriz, possa aproveitar esta oportunidade».

sulinformacao

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