Houve doentes que tiveram de esperar até 13 horas para serem atendidos nas Urgências do Hospital de Lagos, nos últimos dias, devido à falta de médicos, denunciou hoje o PCP daquela cidade, em comunicado.
Segundo os comunistas, estes acontecimentos «revelam o crescente agravamento das condições nos serviços de saúde deste Hospital que serve as populações não só de Lagos, como também dos concelhos vizinhos de Vila do Bispo e Aljezur».
«Os problemas destas populações, e dos trabalhadores do Hospital, são o resultado da política deste governo PSD/CDS, cujo indiscutível objetivo é a destruição do Serviço Nacional de Saúde, como tem sido denunciado publicamente pelo PCP», acrescenta o comunicado.
Os comunistas denunciam ainda que «os doentes daqueles concelhos encontram situações de atendimento e tratamento cada vez piores, sendo enviados para Faro para valências e especialidades que, sem razão e em prejuízo do público, foram retiradas de Lagos e de Portimão».
Além das dificuldades e problemas relacionados com a falta de profissionais e de retirada de serviços nos Hospitais, é ainda «cada vez pior a situação de carências de material médico e cirúrgico e de medicamentos, nomeadamente para doentes crónicos e oncológicos, havendo até envio de doentes para exames de diagnóstico em Sevilha», situação já denunciada na carta enviada por 183 dos 220 médicos especialistas do Centro Hospitalar do Algarve ao conselho de administração desta entidade.
Tendo em conta a degradação das condições, o PCP apela para que «as populações e as autarquias locais protestem contra esta situação e exijam que seja reposto o Serviço Nacional de Saúde a funcionar com eficácia, com as devidas condições de trabalho para todos os profissionais de saúde, com o cumprimento da Constituição da Republica e, como objetivo principal, com o devido respeito pela saúde das populações».