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A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António exige a «divulgação imediata do relatório da inspeção de urgência efetuada, há duas semanas, pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, às condições de segurança da Escola Secundária de VRSA».

«Não podemos tolerar que uma inspeção que é efetuada horas depois de ter sido solicitada pela autarquia não tenha igual rapidez na divulgação dos resultados. Esperamos, por isso, que não existam quaisquer pressões que estejam a condicionar a sua difusão pública», nota Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.

«Temos a plena convicção de que os 21 contentores atualmente utilizados como salas de aula não reúnem as condições mínimas para acolher alunos e professores e aguardamos que as entidades competentes deem, de uma vez por todas, razão à Câmara Municipal e à associação de pais», continua Luís Gomes.

Para o município de VRSA, os monoblocos que atualmente se encontram a funcionar como salas, reprografia, papelaria, cantina e bar «estão a colocar em risco alunos, professores e funcionários», situação que leva a autarquia a defender, uma vez mais, a «ocupação imediata das duas dezenas de novas salas de aula já concluídas e ainda não ocupadas devido a um impasse administrativo entre a Parque Escolar e o Ministério da Educação».

No início de janeiro, a autarquia de VRSA disponibilizou também meios humanos para iniciar a transferência do material escolar dos contentores para as salas de aula já concluídas, iniciativa aplaudida pela comunidade escolar mas contestada pela Parque Escolar, que repôs todo o material nos contentores.

A requalificação da Secundária de VRSA, em funções desde 1963, foi integrada no Projeto de Modernização das Escolas Secundárias, promovido pela tutela e desenvolvido pela EPE. A empreitada foi orçamentada em 12 milhões de euros, tendo como duração prevista de execução o prazo de dezasseis meses.

As intervenções deveriam ter ficado concluídas no final de 2011, mas a falta de pagamentos ao empreiteiro, os processos de redução de custos durante a obra, bem como o atraso na emissão de ordens de execução – por parte da Parque Escolar – provocaram o atraso das obras e a paragem dos trabalhos durante quase um ano.

Além dos estudantes de VRSA, a Escola Secundária recebe os alunos do ensino secundário provenientes dos concelhos vizinhos de Alcoutim e Castro Marim.

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