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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) foi uma das instituições europeias que ajudou a criar soluções para um desenvolvimento da aquacultura «sustentável e amigo do ambiente», no âmbito do projeto internacional «SEAFARE», do qual é parceiro.

O projeto junta entidades de cinco países e pretende fortalecer as ligações entre investigadores e indústria e influenciar o desenvolvimento de políticas regionais e nacionais neste setor de atividade.

O «SEAFARE» foi desenvolvido entre 2010 e 2013 e teve um orçamento total de mais de 3,1 milhões de euros. Segundo os seus responsáveis, «vai permitir obter soluções inovadoras para a gestão das zonas costeiras e da gestão sustentável da atividade económica».

«O “SEAFARE” irá promover o desenvolvimento sustentável da aquacultura europeia. Irá desenvolver soluções para constrangimentos específicos no desenvolvimento da indústria Europeia de produção de peixes e marisco, tais como a diversificação de espécies e o desenvolvimento de sistemas de produção de baixa intensidade compatíveis com habitats costeiros sensíveis», lê-se na descrição do projeto.

Outro trabalho que se poderá fazer, a partir de agora, é o desenvolvimento de modelos para a expansão rentável do sector da aquacultura e que possam ser integrados na gestão sustentável dos ecossistemas costeiros. «O valor acrescentado do SEAFARE gerará sinergias multidisciplinares e promoverá a transferência de informação entre investigadores e a indústria em toda o Espaço Atlântico», acreditam os seus responsáveis.

«A indústria da aquacultura contribui de uma forma importante para o bem-estar económico do Espaço Atlântico, particularmente nas áreas rurais periféricas. Entretanto, essa aquacultura tem de ser desenvolvida em conformidade com regras Comunitárias rigorosas que interferem na sua concorrência com outras regiões do mundo, particularmente da Ásia e América Latina. Na UE a aquacultura estagnou durante a última década, em contraste com o seu crescimento a nível Mundial que foi superior a 6% ao ano no mesmo período. Para alcançar o seu potencial, a indústria aquícola deve tornar-se ambientalmente mais sustentável e abordar ações legais», enquadram.

Agora, o desafio é aplicar os conhecimentos ganhos e colocá-los ao serviço da economia. A promoção de «opções de produção alternativas, tais como os sistemas offshore» é um dos caminhos apontados, bem como a avaliação de questões associadas com a introdução de espécies aquícolas, utilizando a ostra japonesa como modelo para um estudo de caso.

 

 

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