“O contrarrelógio e o Malhão serão decisivos. O crono pode ser curto, mas a subida para o Malhão também é. Está ela por ela”, disse esta terça-feira, em conferência de imprensa em Vilamoura, o português Rui Costa (Lampre-Merida), atual campeão mundial de fundo e campeão português de contrarrelógio.
No dia anterior ao início da Algarvia, Rui Costa, que é um dos favoritos à vitória, salientou já ter iniciado a temporada “no Dubai e estive em Maiorca. Chego com mais ritmo do que em anos anteriores. Apesar disso, talvez haja alguns corredores um degrau acima de mim. Um deles é o Michal Kwiatkowski. O Tony Martin também está muito forte e o Alberto Contador, apesar de ser a sua primeira corrida do ano, quer dar o seu melhor”.
“Vou tentar o melhor resultado possível na Volta ao Algarve, uma corrida que gosto sempre de fazer, porque, nesta altura do ano, é difícil encontrar na Europa outro lugar com melhor clima”, acrescentou.
O ciclista da equipa espanhola Lampre-Merida disse ainda: “é muito importante para mim correr em Portugal com a camisola arco-íris, porque a maior parte dos meus apoiantes são de Portugal e é sempre motivante correr em casa”.
A 40ª edição da Volta ao Algarve, que irá disputar-se a partir desta quarta-feira, dia 19, e se corre até domingo, 23 de fevereiro, traz a Portugal um pelotão de alto nível internacional.
A conferência de imprensa na véspera do arranque da prova contou ainda com a presença de Cândido Barbosa (diretor da Volta ao Algarve), Desidério Silva (presidente do Turismo do Algarve), e de Jorge Beldade (presidente da Associação de Hoteleiros de Vilamoura).
Etapas da 40ª Volta ao Algarve:
1ª Etapa: 19 de fevereiro – Faro / Albufeira – 160,00 km
2ª Etapa: 20 de fevereiro – Lagoa / Monchique – 196 km
3ª Etapa: 21 de fevereiro – Vila de Bispo / Sagres – 13,6 km (C/R Ind.)
4ª Etapa: 22 de fevereiro – Almodôvar / Alto do Malhão (Loulé) – 164,5 km
5ª Etapa: 23 de fevereiro – Tavira / Vilamoura – 155,8 km
Total: 690 km
A Volta ao Algarve regressa esta edição às cinco etapas e contempla um percurso variado, desenhado para todos os gostos. A primeira etapa é ideal para os velocistas e a segunda apresenta um perfil de ‘clássica’, com uma contagem de montanha de terceira categoria a apenas cinco quilómetros da meta.
Previsivelmente, a Volta ao Algarve será decidida nas duas seguintes etapas. Um contrarrelógio de 13,6 quilómetros vai definir as primeiras diferenças, embora deva deixar a corrida em aberto para o quarto dia, com final no Alto do Malhão, com uma primeira passagem pela meta final ao quilómetro 121.
A 11,5 quilómetros do final, surge uma novidade que será uma autêntica “armadilha”, com uma subida de terceira categoria, que tem apenas um quilómetro de extensão, mas cuja inclinação média é de 13 por cento.
A Volta ao Algarve termina no dia 23 de fevereiro, com uma etapa plana, num circuito em Vilamoura.
Crédito das fotos: João Fonseca