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O PS Algarve exigiu esta semana, através do seu presidente António Eusébio, «a conclusão da rede rodoviária nacional» no Algarve, nomeadamente todas as obras inicialmente previstas na concessão de requalificação da EN 125 e que foram retiradas do acordo em 2012 e as intervenções no IC4 e IC 27, que foram anuladas.

A conclusão destas obras, considera, deve ter o mesmo nível de prioridade que as obras identificadas pelo grupo de trabalho para as Infraestruturas de Valor Acrescentado (IEVA). Já as duas obras consideradas prioritárias pelo grupo de especialistas deverão ter «execução imediata».

Tudo, em nome do relançamento da economia regional. «Nas reuniões mantidas ao longo dos últimos meses com as forças vivas da região, autarcas e empresários, o presidente do PS-Algarve tem sentido uma grande unanimidade em torna da necessidade de relançar a economia regional e criar mais emprego através da requalificação da oferta turística e da diversificação das atividades empresariais», ilustrou o PS/Algarve, numa nota de imprensa.

No seguimento da apresentação do relatório IEVA em Faro, há cerca de duas semanas, António Eusébio frisou que apenas estão incluídos a melhoria do acesso marítimo e instalações nos portos de Portimão e Faro (com um investimento previsto de 10 milhões de euros) e a modernização e eletrificação da linha ferroviária do Algarve (55 milhões), «sendo lamentável que apenas tenham colocado estes investimentos no segundo nível de prioridades e tenham deixado de fora o fecho da rede rodoviária de ligação ao Alentejo (IC4 e IC27, respetivamente) e os troços inicialmente previstos na requalificação da EN125, retirados aquando da renegociação do contrato em outubro de 2012».

No que toca a investimentos nas rodovias, afastados «incompreensivelmente das prioridades indicadas», António Eusébio exige «a conclusão sem mais demoras das obras de requalificação da EN 125, nos termos do contrato vigente com a concessionária, e a construção das variantes previstas em Odiáxere (Lagos), Olhão e Luz de Tavira, para além da construção da alternativa à EN2, entre Faro e São Brás de Alportel».

Estas obras “caíram” depois da Estradas de Portugal ter renegociado o contrato com a concessionária «Rotas do Algarve Litoral», para baixar os valores de um acordo que o presidente daquela empresa pública disse ser muito prejudicial para o parceiro público desta PPP, mas que António Eusébio defende que foram «incluídas no contrato original por imperiosas razões de segurança rodoviária, fluidez da circulação e de acalmia de tráfego nas populações atravessadas».

O Governo também deve «reconsiderar a anulação do fecho da rede rodoviária de ligação ao Alentejo (IC4 e do IC27)», defendendo que foram defraudadas expetativas «criadas pelo Estado às autarquias e aos empresários e prejudicando claramente duas zonas de baixa densidade populacional e de elevado potencial turístico na Costa Vicentina e no Baixo Guadiana».

«A conclusão do IC 27, entre Santa Marta – Alcoutim e Albernoa – Beja, com passagem pelo concelho de Mértola, e do IC4, entre Bensafrim – Lagos e Santiago do Cacém, servindo ainda os concelhos de Aljezur e Odemira, aliadas às obras de requalificação do IC 8 (Sines – Beja – Vila Verde de Ficalho) permitirá estruturar toda a rede rodoviária do sul de Portugal e rentabilizar racionalmente todos os investimentos já efetuados em estudos e projetos», defendeu o PS.

Também as duas obras que o relatório IEVA identificou como prioritárias terão sido apontadas como fundamentais, nas reuniões que o PS manteve. Mas, consideram os socialistas, os projetos de valorização do Porto de Cruzeiros de Portimão e Comercial de Faro foram obras, mas estes «devem ser complementados com investimentos já projetados e com financiamento assegurado que potenciem a economia do mar, nomeadamente nos portos de pesca e marinas de recreio».

Na ferrovia, além da eletrificação do resto da Linha do Algarve (já o é entre Tunes e Faro), António Eusébio considera estratégica a conclusão dos estudos e projetos da ligação ferroviária a Espanha, «garantindo a ligação direta de Lisboa a Sevilha através de Faro e Huelva, consolidando um serviço eficaz, reforçando a segurança, permitindo melhores condições para passageiros e mercadorias e potenciando um uso mais eficiente dos centros logísticos existentes e previstos».

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