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A Universidade do Algarve vai ter uma delegação da Associação Nacional de Ciências Biomédicas (ANCiB), que acaba de ser criada, no dia 14 de março, durante as Jornadas Nacionais de Ciências Biomédicas, que decorreram na Covilhã.

A Associação, que pretende clarificar e legislar a atividade dos profissionais desta área, vai ter uma delegação na Universidade do Algarve e outra na Universidade de Aveiro, e ficará sediada na Universidade da Beira Interior (UBI).

Iris Silva, aluna de doutoramento em Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve, explica que houve necessidade de criar a ANCiB, pois “o curso é relativamente novo, não estava muito divulgado em Portugal e não se sabia muito bem quais os seus objetivos”.

Segundo a aluna, a principal razão desta associação é “ajudar a clarificar os formados em ciências biomédicas sobre o que podem vir a fazer”. Outro dos objetivos da ANCiB é “legislar o curso, o que é muito importante neste momento”, acrescenta também Andreia Lopes, aluna de mestrado em Ciências Biomédicas da UAlg.

As duas alunas consideram que esta associação irá “defender os direitos de todos os estudantes e profissionais de ciências biomédicas, porque a licenciatura é, ainda, muito geral e as pessoas não sabem bem o que os biomédicos podem ou não fazer”. As alunas comparam esta profissão em Portugal e no Brasil, referindo que para os brasileiros já está muito bem definida.

O que a ANCiB irá fazer é “a ponte entre os países onde a profissão já está mais desenvolvida e, assim, ajudar os licenciados, em Portugal, a seguir o seu percurso”.

Relativamente à importância de existir uma delegação na UAlg, Iris Silva diz que “existe uma separação entre os estudantes do Norte e os do Sul, por exemplo, os eventos relacionados com as ciências biomédicas são todos no Norte e, por isso, ter uma delegação no Algarve dá-nos a importância que merecemos”.

Atualmente, existem cerca de 200 biomédicos em Portugal, mas a profissão é ainda muito difícil de definir. Para Iris Silva, “um biomédico é uma pessoa que tenta ligar a investigação à medicina e encontrar as respostas que a medicina ainda não tem”.

Andreia Lopes concorda e acrescenta: “ para um médico poder tratar uma doença, tem de existir uma investigação inicial, e essa investigação somos nós que fazemos”.

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