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A concelhia de Faro do CDS-PP denunciou que a Universidade do Algarve está a ser «discriminada negativamente» no acesso aos fundos comunitários para investigação em saúde, por via da sua exclusão de uma candidatura nacional ao programa europeu «Teaming», que pretende dar apoio à produção de conhecimento, nesta área, em regiões da União Europeia onde a investigação é inferior à média.

O CDS promete levar o assunto à Assembleia da República, através do seu Grupo Parlamentar, e espera contar com o «apoio alargado de outros partidos». Por outro lado, pedirá «explicações junto da FCT, solicitando a correção imediata da situação».

Segundo os centristas, a Fundação para a Ciência e Tecnologia fez uma candidatura a este programa «em que foram excluídas da possibilidade de concorrer as Universidades mais periféricas nacionais, subvertendo de forma clara o espírito e o intuito do Teaming». «Dado o intuito do “Teaming” seria lógico pensar que a FCT procederia a um concurso com a participação de todas as Universidades com investigação na área da saúde», considerou o CDS-PP.

O programa «Teaming» foi criado com o intuito de «apoiar os países e as regiões com desempenho investigacional inferior à média europeia, de forma a existir uma aproximação àquela média e assim melhorar o desempenho global».

Com a candidatura nacional avançada pela FCT, a Universidade do Algarve ficou «impedida de se candidatar a esses importantes fundos europeus para investigação em saúde». «Mais grave ainda é o facto de ser previsto no programa Teaming que os estados membros também terão que suportar uma importante percentagem dos fundos a essas instituições», considerou o CDS-PP.

«O CDS-PP Faro considera que a exclusão da Universidade do Algarve da candidatura nacional ao programa “Teaming” prejudica gravemente o desenvolvimento da investigação na região. Mais ainda considera que foram completamente subvertidos os intuitos da Comunidade Europeia e do referido programa, bem como o direito à candidatura de forma equalitária» concluiu este partido.

Além de exigir que a UAlg não volte «a ser discriminada negativamente», o CDS-PP quer que a universidade algarvia «não seja penalizada em termos de apoios nacionais pelo facto de ter sido excluída deste programa» e que sejam criadas «as condições necessárias para um acesso facilitado da Universidade do Algarve aos programas comunitários a que se poderá candidatar».

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