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Sul Informação

A Vertigem!

Quantas vezes não fomos já acometidos por uma tentação súbita, pelo desvario, por um desejo irresistível?! O apontamento que vos submeto pode não passar disso mesmo.

É da condição humana!

António Costa também sucumbiu! E daí não vem nenhum mal ao mundo!

Inexplicavelmente, num ato que tem tanto de audaz como de perigoso, de democrático e legítimo como de irrefletido e insensato, de plural como de totalitário, resolve fazer estalar no seio do PS uma guerra pela sucessão, que, por sua vontade, levará ao derrube de António José Seguro.

Por mais explicações que possa dar, por mais justificações que todos os comentadores políticos possam defender, teorizar e até tornar em verdadeiros tratados de ciência política, nunca passará de uma, sua, incontornável vertigem pela sede de poder, oportunista e inqualificável, num tempo em que o PS deveria cerrar fileiras em torno do seu Secretário-geral, estar mais forte, trabalhando afincadamente num programa alternativo que nos leve a um país mais justo, solidário, fraterno, igualitário, coeso e pacífico.

Não! António Costa, inoportunamente, consegue quebrar o desenvolvimento de uma democracia interna cada vez mais harmoniosa que Seguro construiu e continua a aprofundar, num verdadeiro respeito pelo pluralismo de ideias e opiniões. Consegue fazer rir quem nos desgoverna!

A frieza e calculismo de Costa chegam a ser preocupantes. Impiedoso e voraz, assusta e curiosamente consegue aplausos!

“Seguro deixou de servir ao PS e também não servirá já ao país!”, dizem! Para Costa e seus fãs, Seguro serviu apenas de lebre numa corrida de fundo que lhe estava destinada, mas que nunca concluiria. Pelos vistos, todos saberiam, menos ele.

Agora cheira de novo a poder! A um poder mais forte e revigorado, aparentemente já dado como adquirido! !”Seguro é fraco, não empolga!”, dizem muitos. Já foi forte, já fez levantar plateias e depois cometeu um erro crasso, ganhou duas eleições!

Esquece Costa, numa altura em que o seu balão ainda enche, que episódios oportunistas não levam a lado nenhum, tendem ao fracasso, têm custos elevados e cavam e galopam o distanciamento entre as pessoas e os partidos.

Qual ética? Esquece Costa que Seguro já trabalhava na maioria que diz ser possível apenas consigo. Esquece Costa que os portugueses dificilmente voltarão a dar uma maioria absoluta seja a que partido for.

Considera Costa que, mesmo assim, ele será o único capaz de fazer pontes à esquerda. Na prática, hoje percebe-se que a estratégia estava montada desde há muito. Seguro sabia-o, seguramente! Todavia, sério, honesto, responsável, após o falso abraço que recebeu de Costa, voltou ao que interessava, ao trabalho na construção de uma política alternativa de esquerda, patriótica, plural e socialmente avançada, capaz de resgatar o país à direita impiedosa e aos grandes interesses económicos instalados.

Aqui chegados, vamos então a Primárias: a família Socialista ditará o resultado.

Nada tenho contra António Costa! Não o conheço. Sei do seu trabalho na capital enquanto autarca, admiro-o por isso, contudo não tinha o direito!

Provavelmente não percebo nada disto, mas incondicionalmente, estarei ao lado de SEGURO!
Autor: José Amarelinho
Cidadão, militante nº 57022 do Partido Socialista

 

 

 

 

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