Regressar à vida de Salir no século XIII é a proposta de mais uma edição do Salir do Tempo – Festival de Artes Medievais, que vai decorrer entre 11 e 13 de julho, numa organização da Câmara Municipal de Loulé, em parceria com a Junta de Freguesia de Salir e a Viv’Arte.
O evento ganhará este ano uma nova dinâmica, com a redistribuição dos espaços e introdução de novas atividades, promovendo-se uma maior dinâmica e interação com o público.
A vila de Salir em meados do século XIII é o palco desta experiência de regresso ao passado que será vivenciada pelos visitantes, através da projeção de elementos vivos de uma época longínqua.
Ponto estratégico durante o período da Reconquista, quando a transição do domínio muçulmano para o cristão deu origem às mais variadas demonstrações de força, Salir viveu também momentos intercalados pelas permanentes tentativas de normalização do quotidiano, em que as Artes tinham um papel importante na sociedade de então.
Assim, entre cristãos e muçulmanos, neste Festival de Artes coabitam músicos, atores e artistas.
O programa de animação do Salir do Tempo integra grupos de música medieval, espetáculos circenses e cénicos, teatralizações, torneios de armas apeados e a cavalo, animação itinerante, grupos de dança medieval, treinos militares, demonstrações bélicas, encantadores de serpentes, falcoaria, dromedários e acampamentos medievais católicos e muçulmanos.
O cortejo de abertura que envolverá todos os figurantes deste Salir do Tempo será um dos momentos altos desta edição.
Enquanto forte herança cultural, a gastronomia tem também um papel importante nesta recriação histórica.
A base da alimentação do século XIII é apresentada aos visitantes de forma genuína, e os alimentos servidos em tábuas de madeira e louça da época, de acordo com a “etiqueta” de então, não esquecendo a tradicional caneca de barro.
A recriação do mercado medieval, baseado em produtos dessa época, onde vários mercadores presentes com as suas bancas de produtos tradicionais como o mel, cortiça, cestaria ou frutos secos, e os artesãos com os seus ofícios, também fazem parte deste cenário.
Do outro lado, é a cultura muçulmana em destaque, com as dançarinas do ventre, as bancas de bijuteria e acessórios, as jelabas, os cabedais, os espelhos, os cachimbos de água, as pratas, os candeeiros, as especiarias, a tenda de chá e a tatuadora de hena.
Os objetivos deste evento passam por promover o sentimento de pertença e o orgulho cívico da comunidade local, a partir do melhor conhecimento da importância histórica do território e do envolvimento na preparação e implementação do evento; criar um novo produto turístico, que se destaque no competitivo mercado algarvio quer pela sua diferença e autenticidade, quer, acima de tudo, pela oferta de experiências inesquecíveis e geração de oportunidades de participação ativa a todos os visitantes e turistas; contribuir para o desenvolvimento cultural do Concelho de Loulé, pela valorização do seu património material e imaterial, pela sua função pedagógica e pela geração de novas oportunidades de trabalho e visibilidade aos agentes criativos locais e regionais.
As portas do recinto abrem às 18h00.
O preço das entradas é de 3 euros (1 dia) e 5 euros (3 dias).