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Portimão ArenaA empresa Portimão Urbis vai ser extinta, por decisão do executivo municipal portimonense. A Câmara de Portimão anunciou esta sexta-feira ao final da tarde que a presidente da autarquia já transmitiu a decisão de acabar com esta empresa municipal aos trabalhadores e que o fecho da empresa quer-se concluído ainda em 2014.

A decisão resulta «da análise que ao longo dos últimos meses foi efetuada, identificando e valorando os vários fatores que relevam para justificar a existência da empresa como entidade autónoma do Município». «Da análise, resultou evidente que os riscos para o Município de manter a empresa em funcionamento não compensavam de forma satisfatória os custos associados à operação da Portimão Urbis», segundo revelou a Câmara de Portimão, numa nota de imprensa.

Para efetivar esta decisão, vai ser eleito «muito em breve» um novo conselho de administração para a empresa de gestão e reabilitação urbana portimonense, que terá como principal incumbência tomar as medidas necessárias à concretização desta decisão até ao final do presente ano».

A situação deficitária da Portimão Urbis era já bem conhecida e já tinha havido um esforço da parte do atual executivo camarário portimonense para reduzir a folha salarial da empresa. «Durante o mandato do atual Conselho de Administração a massa salarial da Portimão Urbis passou de cerca de 3,7 milhões de euros/ano para 2,1 milhões, tendo o número de trabalhadores passado de 156 para os atuais 107», ilustra a autarquia.

Câmara Municipal de Portimão - Arquivo CMP_Filipe da PalmaA operação de «extinção daquela sociedade de capital exclusivamente municipal» levará a que, quer as competências, quer os equipamentos sob gestão desta empresa municipal, sejam transferidos para o restante universo municipal, «esperando-se que do ponto de vista do munícipe não existam perturbações nos serviços».

«No âmbito da dissolução, o passivo remanescente será transferido para o Município enquanto acionista único», acrescentou a autarquia.

A forma como essa transferência se processará será discutida nos órgãos próprios da autarquia, «procurando um consenso o mais alargado possível sobre a forma de integração das atividades da empresa no Município, assim como o respetivo plano social, o que será feito atempadamente».

«Esta decisão foi tomada de forma ponderada e com a consciência de que irão ser afetadas as vidas dos colaboradores da empresa, não podendo por isso ser motivo de manifestações ridículas de regozijo como as que foram já observadas nas redes sociais, por parte de alguns autarcas com responsabilidades políticas no Município», considerou a Câmara de Portimão.

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