«Em tempo de crise, é quando devemos fazer um esforço maior para manter a qualidade!», acredita António Pina. Esta é a lógica por detrás da edição deste ano do Festival do Marisco, que vai decorrer entre os dias 9 e 15 de agosto, no Jardim pescador Olhanense, em Olhão, das 19h30 à 1h30.
A Câmara olhanense apostou forte no cartaz musical, que conta com nomes sonantes da música portuguesa e espera, desta forma, contrariar a tendência de diminuição de visitantes que se tem verificado noutros eventos de referência, na região.
Além da gastronomia à base dos frutos da Ria Formosa e do Mar, a razão de ser do evento, é com Toni Carreira (dia 9), The Gift (10), Xutos e Pontapés (11), Ana Moura e Cuca Roseta (12), Pedro Abrunhosa (13) e Anselmo Ralph (14) que a organização do «maior evento cultural e gastronómico do Sul do país» quer aliciar os visitantes a encher o recinto, dia para dia. A perspetiva é que visitem o certame «cerca de 50 mil pessoas», segundo revelou o presidente da Câmara de Olhão António Pina, na sessão de apresentação da 29ª edição do evento, que teve lugar esta sexta-feira, em Olhão.
«Alguns dos artistas deste cartaz são já presenças habituais, por um lado, porque gostamos de os ter cá e, por outro, porque eles gostam de cá vir», referiu o edil. esta relação de muitos anos e uma negociação «dura e exigente», que começou em 2013 é que permitem que, com praticamente o mesmo orçamento de 2013, cerca de 580 mil euros, se consigam juntar tantos artistas de renome. «Conseguimos reduções de 15 a 20 por cento com alguns artistas», contou António Pina.
António Pina: “Teremos o prazer de continuar a contar com a presença da ASAE. Nós vemos esta entidade como parceira e prezamos muito o controlo de qualidade do marisco que fazem”
Uma das novidades da edição de 2014 está ligada ao cartaz musical. Pela primeira vez, os bilhetes do Festival do Marisco foram vendidos através da central Ticket Line, canal que «mais do que promover a venda de bilhetes, é uma cadeia de transmissão e promoção do evento, através da rede Multibanco». Uma estratégia que já estará a dar frutos, principalmente no que toca «ao concerto de Anselmo Ralph», apesar de os responsáveis pela organização do Festival do Marisco não avançarem números concretos.
Este entusiasmo pelo concerto do jovem artista angolano já era, de resto esperado e até motiva que o bilhete para o último dia tenha um preço mais elevado que os demais. De 9 a 13 de agosto, os que visitarem o festival pagam 9 euros de entrada, mas no dia 14 o bilhete custa 12 euros. «Isto acontece, por um lado, por razões de segurança, devido à limitação de espaço, mas também por uma questão de sustentabilidade do investimento», referiu o edil olhanense. «Mesmo assim, o valor que cobraremos é metade do que do que ele costuma cobrar aqui no Algarve», salientou o dirigente da empresa municipal Fesnima Vítor Lopes.
Estas estrelas musicais vão ajudar a saborear as estrelas gastronómicas que inspiram o festival: o marisco e os bivalves, «de preferência da Ria Formosa», que são vendidos nos vários stands do Festival e confecionados à maneira de Olhão. E, sendo esta uma cidade internacionalmente famosa pela boa gastronomia, isso é sempre um bom sinal. «Teremos marisco de qualidade e os saberes da gente de Olhão. Convidamos as pessoas a vir saborear as tradições dos olhanenses», ilustrou
Neste campo, a grande novidade é a criação de um espaço de restauração, que será dinamizado em conjunto pela Companhia de Pescarias do Algarve e pelo Real Marina Hotel de Olhão, onde os visitantes se podem «sentar e ser servidos» (a regra é o visitante ter de ir buscar as iguarias aos stands). Aqui, será servido «todo o tipo de marisco» e os preços «serão em linha com os do resto dos stands».
«Também teremos o prazer de continuar a contar com a presença da ASAE. Nós vemos esta entidade como parceira e prezamos muito o controlo de qualidade do marisco que fazem, para que continuemos a manter o historial impecável que temos há 29 anos», referiu António Pina. A boa “saúde” dos produtos servidos é, igualmente, monitorizada «pelo veterinário municipal».
Outro “produto” local que será promovido são as bandas e artistas do concelho, que «mais uma vez, serão convidados a fazer as primeiras partes de todos os concertos». «Esta é uma clara aposta em promover o que de muito bom se vai fazendo por cá», resumiu o edil.
Além dos valores dos bilhetes já mencionados, as crianças dos 7 aos 12 anos pagam, em qualquer um dos seis dias de festival, 4 euros para entrar. Menores de 6 anos não pagam.
Também a pensar nos mais novos, foi criado o espaço «Kids Club» para acolher crianças dos 5 aos 12 anos. Os mais novos podem usufruir de animação, acompanhados por monitores, durante uma hora.
