Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

Ativistas-anti-Portagens-da-CUVIA Comissão de Utentes da Via do Infante promove nos próximos dias três ações de protesto contra as portagens à porta das residências de férias do primeiro-ministro, do Presidente da República e ainda junto à Festa do Pontal do PSD.

Assim, no sábado, dia 9 de agosto, a partir das 20h00, irá ter lugar uma vigília na Aldeia da Coelha, junto à residência de férias do Presidente Cavaco Silva.

No dia seguinte, domingo, haverá duas ações na Manta Rota – uma a partir das 10h00, junto à residência de férias do primeiro-ministro, e uma outra, às 16h30, na praia da Manta Rota.

Caso não seja recebida por Pedro Passos Coelho, no dia 15 de agosto, a Comissão de Utentes desloca-se à Festa do Pontal, em Quarteira, numa nova tentativa para ser recebida. A CUVI salienta que, nesta festa anual do PSD, estará presente o primeiro-ministro, bem como muitos «responsáveis pela introdução de portagens».

A Comissão de Utentes – que sublinha deslocar-se «aos locais indicados de forma pacífica» – espera, desta vez, «ser recebida pelos mais altos representantes deste país, procurando obter resposta às cartas que enviou, por diversas vezes, a Cavaco Silva e a Passos Coelho».

A Comissão também irá «pedir contas pelas consequências da introdução de portagens no Algarve».

Caso não sejam levantadas as portagens, a CUVI promete que «novas ações anti-portagens terão lugar durante este Verão, cujas datas e pormenores serão divulgados oportunamente».

Segundo a Comissão de Utentes, «os motivos para continuar a protestar pela abolição das portagens no Algarve continuam válidas e cada vez mais fortes, pois a região encontra-se de rastos e já a bater no fundo. As consequências da imposição das portagens pelo governo PSD/CDS, com o apoio do PS, encontram-se bem à vista de todos – centenas de falências e desemprego em massa, acidentes de viação quotidianos na EN 125, trânsito infernal (e falta e manutenção) nesta via, muito agravado durante o verão, prejuízo ao erário público e aos contribuintes de muitas dezenas de milhões de euros. Uma tragédia social e económica de dimensões nunca vistas».

Com a chegada do Verão, sublinha a CUVI, «os acidentes de viação no Algarve, a maioria na EN 125, subiram a pique». Segundo os últimos dados disponíveis pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, «só entre 15 de junho e 21 de julho (um mês e seis dias) ocorreram 1033 e desde o início do ano até 15 de junho tiveram lugar 3220 acidentes. Ainda desde o início do ano registaram-se quase duas dezenas de mortes e mais de 70 feridos graves».

Por outro lado, a Comissão defende que «o governo de Passos Coelho e Paulo Portas continua a favorecer interesses privados – já devia ter anulado a PPP ruinosa da A22, pois a concessionária continua a obter ganhos de elevada rendibilidade. O contrato da concessão apresenta cláusulas secretas, o que não é admissível em nome da transparência pública. Por certo, escondem favores de muitas dezenas de milhões de euros. Estes contratos, por conterem normas confidenciais (Anexo 16), devem ser declarados nulos e sem validade pelo governo e pelo Tribunal de Contas».

A CUVI classifica ainda como «escândalo» o que foi «declarado recentemente pela Estradas de Portugal, às ordens do governo».

É que, no âmbito das obras de requalificação da EN 125, «que, afinal, já não recomeçam em agosto, não só diversas variantes caíram e foram desafetados 150 quilómetros de estrada da concessão Rotas do Algarve Litoral, entre Olhão e Vila Real de Santo António, passando para a Estradas de Portugal, como esta entidade irá gastar, nos próximos 10 anos, quase 930 milhões nessas intervenções e na A22!»

E «só vão ser construídas as variantes de Faro, Lagos e de São Lourenço-Almancil, ficando as outras variantes previstas de fora, o que representa um elevado prejuízo para o Algarve e uma quebra muito grave do que foi prometido pelo governo».

«Tantos milhões esbanjados, a somar aos muitos milhares de milhões que a banca criminosa delapidou e que as PPP ruinosas sugam ao erário público (só este ano os encargos líquidos do Estado com as PPP atingem o valor de 1650 milhões, mais 86% do que no ano passado), e que os contribuintes são obrigados a pagar, davam para o Algarve e o resto do país viver sem portagens e todos terem direito a uma vida digna, no domínio da saúde, educação, justiça, melhoria das suas condições de vida e sem cortes nos salários e pensões. Por sua vez, os multimilionários aumentam», salienta a CUVI.

Mas, para a Comissão, não é só o governo que tem «culpas» na situação, o «Presidente da República também é responsável pela situação dramática que se vive no Algarve (e no país), pois dá cobertura a todos os desmandos e promulgou todas as leis a favor das portagens e persiste em manter um governo em funções, o que só tem desgraçado esta região e o país».

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

Algarvio Miguel Freitas é o novo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural

O algarvio Miguel Freitas é o novo secretário de Estado das Florestas e do

Sul Informação

Governo anuncia medidas para atenuar insucesso escolar em escola de Santa Bárbara de Nexe

O Governo garante que irá permitir à escola EB1/JI de Santa Bárbara de Nexe

Sul Informação

Deputados do Bloco de Esquerda participam em marcha lenta contra as portagens na Via do Infante

Os deputados do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, de visita ao Algarve no