A cooperação transfronteiriça e o Descubriter, projeto turístico sobre os Descobrimentos que une Algarve e Andaluzia, são os temas hoje em destaque no stand da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) na FATACIL.
Em foco, durante uma hora, entre as 19 e as 20h00, para falar sobre estes temas, estarão Catarina Cruz e Susana Faísca, da CCDRA, e Rui Parreira, da Direção Regional de Cultura, como convidados especiais, que serão entrevistados em direto na Rádio Universitária do Algarve (RUA FM), pelos jornalistas Elisabete Rodrigues e Pedro Duarte.
Ontem, no primeiro dia destes programas especiais, Catarina Cruz, responsável pelo Centro Europe Direct (CED) Algarve, falou sobre o trabalho deste organismo que funciona na CCDRA, enquanto Ana Paula Lopes, do CED, foi a anfitriã de um jogo sobre a Europa e os seus mares, onde participaram crianças e jovens visitantes da FATACIL. Como recompensa, os miúdos receberam uma entrada no Zoomarine, outra no Slide&Splash e ainda uma aula de surf.
Catarina Cruz sublinhou, na entrevista em direto para a RUA FM, que «uma das preocupações do Centro Europe Direct é transmitir aos cidadãos que, para além de sermos portugueses, somos cidadãos da Europa».
Aquela responsável abordou ainda as «vantagens pelo facto de sermos todos europeus». O Erasmus para a mobilidade dos estudantes, o Interrail, o cartão de saúde europeu, o poder-se trabalhar na Europa, o preço do roaming, o facto de não ser necessário usar passaporte para viajar são apenas algumas das vantagens de ser membro da União Europeia.
Catarina Cruz falou ainda sobre alguns dos mitos que se criaram sobre alegadas proibições ditadas pela UE e cuja desmistificação levou mesmo a editar um livro. «Há uma série de ideias feitas negativas sobre a União Europeia, que é preciso desmistificar», salientou.
Quais? Por exemplo, que a UE não proibiu a venda de Bolas de Berlim nas praias, tendo sido a ASAE que passou a exigir condições de higiene na preparação e venda desses doces. Mas há muitos mais mitos, que estão bem explicados num livro que, no stand da CCDRA na FATACIL, pode ser obtido de graça.
Ana Paula Lopes, por seu lado, salientou que o CED tem procurado dinamizar muitas atividades «junto dos mais jovens». E será que os jovens estão interessados em conhecer mais sobre a Europa? «Há que ser muito proativo e ir ao encontro da informação sobre Europa. Os jovens adultos, nomeadamente estudantes universitários, quando se chega até eles com a informação, até revelam muita curiosidade». De modo a chegar a todos esses públicos, «temos tentado envolver associações, para tentar chegar mais facilmente aos jovens».
Para esta dinamizadora do CED, «os jovens têm agora mais apetência pelas questões da Europa. Tudo depende de como se oferece a informação. Quando se oferece uma prenda, dá mais vontade de abrir se tiver um laço bonito. Também é assim com a informação europeia. O modo como se faz chegar a mensagem, de forma lúdica, alegre, bem disposta, é muito importante e acaba por transmitir-se melhor a mensagem».
Precisamente para demonstrar esta forma lúdica de transmitir informação, ontem ao fim da tarde e princípio da noite, na FATACIL, decorreu um jogo destinado a jovens entre os 6 e os 16 anos. O Guilherme e a Beatriz, dois dos miúdos que participaram, falaram também com a RUA FM, salientando que, naquele dia, tinham aprendido que as bandeiras azuis nas praias são uma das vantagens dos países na União Europeia e que os não se pode poluir os mares.
A concluir, a responsável pelo Centro Europe Direct sublinhou que este organismo, apesar de sediado em Faro, chega a toda a região algarvia. «Somos sempre uma porta aberta para a informação de que o cidadão necessita», disse Catarina Cruz.