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???????????????????????????????A Administração Regional de Saúde do Algarve está a levar a cabo, nos últimos meses, uma experiência de consultas de telerreumatologia, com o apoio do Serviço de Reumatologia da Unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), que contribuem «para facilitar o diagnóstico precoce das diversas patologias do foro reumatológico» dos utentes dos centros de saúde e evitam uma deslocação ao hospital, para uma primeira avaliação.

Com esta experiência de telerreumatologia, «totalmente inovadora dos serviços públicos», a ARSA pretende ajudar «a melhorar a eficiência e promover a rapidez no acesso a estes cuidados de saúde especializados».

Na prática, tudo se processa de forma relativamente simples, uma vez que tanto os Centros de Saúde, como o Hospital de Faro estão equipados com sistemas de vídeoconferência que permitem uma ligação em tempo real entre o reumatologista que se encontra no hospital e o médico de família e o utente nos Centros de Saúde.

«Aproveitando a experiência e os bons resultados alcançados na área da teledermatologia na Região do Algarve, o modelo da telerreumatologia iniciou a sua implementação a título experimental com os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Sotavento e Barlavento, estando previsto avançar agora no ACES Central», anunciou a ARS.

«Numa primeira fase, optámos por iniciar esta experiência, com os utentes do Sotavento e do Barlavento, com o objetivo de facilitar o acesso às consultas de reumatologia a estas pessoas que se encontram a uma maior distância do hospital, de modo a beneficiar as pessoas que moram mais longe e que têm maior dificuldade em se deslocar», revelou a médica do Serviço de Reumatologia do CHA Graça Sequeira, uma das impulsionadoras do projeto.

«Naturalmente, não é possível fazer uma consulta completa nos seus vários aspetos. Mas o facto de ter o médico de família com o utente, do outro lado do ecrã, favorece o diálogo e o apoio aos médicos da área de medicina geral e familiar, nomeadamente, na orientação ao tratamento, não havendo necessidade de presença física. Em caso de dúvida, referencio sempre o utente a uma consulta presencial no hospital», acrescentou a médica.

Apesar de reconhecer que este modelo não resolverá todos os problemas, a reumatologista sublinha que este projeto permite reforçar a ligação e diálogo com os médicos de família dos centros de saúde, funcionando também como um mecanismo de formação contínua para estes clínicos.

«Os médicos de família sempre que tenham dúvidas sobre qual o diagnóstico de um utente na área da reumatologia, preenchem um formulário com um pequeno resumo da história clínica do utente e enviam-nos por e-mail, até uma semana antes da data pretendida da teleconsulta», sendo que «as teleconsultas são realizadas duas vezes por mês, às quartas-feiras», explicou Graça Sequeira.

«No dia da consulta, o utente está acompanhado pelo seu médico de família que se encarrega de fazer a apresentação do caso através de vídeoconferência. Entretanto eu faço a avaliação e respetiva orientação, incluindo tratamento, se possível», acrescentou.

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