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buascas007Um segundo sonar de varrimento lateral, do Instituto Hidrográfico, foi hoje montado na lancha salva-vidas «Diligente», da estação de Sagres, para ajudar nas buscas para localizar o homem desaparecido na sexta-feira, na sequência da queda no mar de um avião ligeiro, a duas milhas a Sul de Sagres.

Segundo o Comandante Carvalho Pinto, capitão do porto de Lagos, que coordena as operações, o segundo sonar «chegou durante a noite com dois operadores» e vai agora ser também utilizado «para alargar o campo de buscas».

Esta manhã, as buscas recomeçaram um pouco mais tarde, pelas 9h30, devido ao forte nevoeiro que se abateu sobre a zona de Sagres.

Ontem, segundo dia de buscas, a Polícia Marítima utilizou nas operações uma embarcação, equipada com um sonar lateral, e a bordo da qual seguiam cinco elementos do grupo de mergulho forense.

Estes especialistas realizaram, durante a tarde, um mergulho «na zona de um possível contacto», mas nada encontraram, pelo que o segundo dia de buscas terminou sem resultados.

Na sexta-feira, dia em que a avioneta se despenhou no meio do nevoeiro, ao largo do Porto da Baleeira, em Sagres, foram descobertos destroços do avião, nomeadamente pedaços de fuselagem e uma roda, bem como objetos do piloto, como calçado, documentos da aeronave e do tripulante.

Neste momento, as buscas tentam encontrar, no fundo do mar, que naquela zona tem entre 20 e 30 metros de profundidade, o resto do avião Cessna, de matrícula CS-AYH, nomeadamente a sua cabine, onde poderá estar ainda o corpo do piloto.

O Cessna 152 que ontem se despenhou na sexta-feira pertencia ao Aero Clube de Portimão e era usado para voos de instrução e de recreio. Era esse o caso do malogrado piloto, José dos Santos Inácio, de 74 anos, algarvio da Mexilhoeira Grande, emigrante no Canadá, que ia fazer um voo recreativo, depois de ter descolado pelas 10h15 do Aeródromo Municipal de Portimão.

A aeronave acabou por se despenhar menos de uma hora depois de ter levantado. O alerta foi dado pela embarcação de pesca «Adriano José», na sexta-feira, cerca das 11 horas. Segundo o relato que os tripulantes do barco de pesca fizeram às autoridades marítimas, o avião estaria a voar a baixa altitude e acabou por se despenhar no mar.

Apesar de não terem visto o avião a despenhar-se, devido ao intenso nevoeiro que se fazia sentir, os pescadores acabaram por encontrar, pouco depois, destroços e documentos no mar, que confirmaram as suas suspeitas. «Praticamente todos os destroços foram encontrados por eles», disse Carvalho Pinto.

 

Foto de: Armindo Vicente

 

 

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