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Passagem de nível pedonal desativada em Olhão_1A REFER irá fechar, já a partir desta terça-feira, dia 30 de Setembro, a passagem de nível pedonal que existe junto à estação de Olhão, sobre o viaduto que liga a Avenida Dr. Bernardino da Silva e a Avenida da República.

Uma decisão que já mereceu o repúdio da Junta de Freguesia local, mas que a empresa que gere as infraestruturas ferroviárias, em Portugal, justifica com a melhoria da segurança e a existência de uma alternativa.

Desta forma, os transeuntes terão de usar uma passagem pedonal inferior, existente há muito, mas muito pouco utilizada pela população. Isto porque é uma alternativa «de difícil acesso e com um grau de dificuldade elevado, principalmente para quem tem dificuldade de locomoção», defendeu o presidente da Junta de Olhão Luciano de Jesus, numa nota de imprensa.

O autarca defende que esta medida «vem cortar ao meio a Cidade e a Freguesia, onde já várias pessoas, principalmente de avançada idade, manifestaram a total impossibilidade de passar de um lado para o outro utilizando o túnel, onde a subida é difícil para grande parte da população».

Passagem de nível pedonal desativada em Olhão_2Da parte da REFER, chega a garantia que a decisão pretende melhorar a segurança da população, estando ligada «ao potencial risco que advirá com a entrada iminente ao serviço da nova sinalização ferroviária». A decisão está associada a «um vasto programa de supressão de passagens de nível» na linha do Algarve, no qual se incluiu «a automatização, recente, de quatro atravessamentos no concelho de Olhão».

«As soluções ou medidas adotadas nas PN são suportadas na legislação em vigor (Decreto-lei nº 568/99 de 23 de dezembro) e têm por base uma rigorosa análise de risco, sendo apreciadas caso a caso e considerando diferentes aspetos como: a existência de alternativas desniveladas, as velocidades praticadas, o número de utilizadores ou outros fatores de particular perigosidade», acrescentou a Refer.

Argumentos que não terão sido avançados à Junta de Freguesia de Olhão, que diz não ter sido informada da intenção da empresa.

«Esta freguesia não foi informada da intenção das referidas obras, existindo claramente uma falta de respeito institucional, pois os principais lesados são os nossos cidadãos, os quais devem merecer todo o respeito e serem escutadas as suas preocupações e anseios», revelou.

«Como desconhecemos de todo, qual a razão pela qual estas obras avançaram sem termos sido escutados, nem porque razão não foi encontrada uma outra solução que defendesse  quem por lá passa, manifestamos aqui o nosso total desagrado e repúdio por tal iniciativa», acrescentou Luciano de Jesus.

«Ainda que cientes de que a alteração das acessibilidades – face às alterações que impõe nos hábitos de mobilidade – é algumas vezes entendida como uma contrariedade ou constrangimento, a adoção da presente medida visa a segurança dos utilizadores garantindo que a população efetua sempre o atravessamento da via-férrea de forma segura», contrapôs a REFER.

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