O PCP exige que a REFER e a Câmara de Olhão cheguem a um «rápido entendimento» e resolvam o problema que considera ter sido criado com o fecho da passagem de nível para peões junto da Estação de Olhão.
O vereador da CDU na autarquia olhanense, Sebastião Coelho, participará numa reunião que terá lugar na sede da REFER em Lisboa, na terça-feira, integrado na delegação da Câmara de Olhão, e quer «contribuir para uma rápida solução deste problema».
Para os comunistas, «os únicos prejudicados são os Olhanenses que rejeitam claramente a atual situação» e reiteram, como já haviam feito poucos dias depois do fecho da passagem, que esta foi a «solução mais fácil e mais barata», mas que «não serve a população»
O descontentamento dos olhanenses já ficou bem patente nas duas vezes que desconhecidos deitaram abaixo a rede colocada pela REFER, que foi reposta, poucos dias depois. O último episódio desta guerra, iniciada com o fecho original da passagem, há cerca de um mês, aconteceu esta semana, altura em que a REFER, poucos dias depois de ver a passagem reaberta, abriu um fosso a toda a largura da passagem, para tentar impedir a população de passar.
Uma medida repudiada publicamente pela Junta de Freguesia de Olhão, até porque foi levada a cabo numa altura em que a passagem não estava vedada, com o perigo que isso acarreta.
A REFER fechou a passagem, com rede, no dia a seguir e a circulação voltou a ser feita, exclusivamente, pela passagem inferior que liga as Avenidas da República e Bernardino da Silva. Uma alternativa que, para o PCP/Olhão, «não oferece condições de segurança e de mobilidade».
«Por um lado a REFER continua a recusar o necessário investimento público para uma solução que garanta não só a segurança das populações, mas também o direito à mobilidade, por outro, a maioria PS da Câmara Municipal de Olhão, que conhecia este problema desde 2010, deixou arrastar a situação até ao limite com as consequências que estão à vista», acusa o PCP.
«Apesar do atraso, é obrigação da câmara desenvolver todas as possibilidades de diálogo com a REFER e disponibilizar os meios da autarquia para que se estude e encontre a solução técnica mais adequada que salvaguarde o direito das populações à passagem em condições de segurança».