O Dakar2015 será uma «prova muito dura» e «bastante exigente» disse o piloto algarvio Ruben Faria, que, tal como os outros participantes, ficou hoje a conhecer o percurso da prova sul-americana.
A apresentação oficial do traçado definitivo da prova decorreu esta manhã, no Pavilhão Gabriel, junto aos Campos Elísios, em Paris.
Como é hábito, foi o diretor de prova Étienne Lavigne quem apresentou o traçado, que levará a caravana ao longo de 14 dias a percorrer quase 9.300 quilómetros entre a Argentina, Bolívia e Chile.
Do total de quilómetros agendados para os 13 dias de competição, quase 4.800 serão cronometrados e serão muitos os setores de elevada altitude, acima dos 3.600 metros, a enfrentar por todos os pilotos.
Para Ruben Faria, o desenho do traçado não o surpreende e é muito semelhante a anteriores edições, embora apenas alguns dias antes do arranque da maratona seja revelado o traçado definitivo. Depois de uma primeira análise, o piloto da KTM confirma que será novamente um Dakar exigente.
«Depois de ter visto este desenho, fica claro que a primeira semana será bastante exigente. Vamos atravessar os Andes e encontrar muitas pistas a altitudes elevadas e isso pode ser muito complicado para os pilotos, como já vimos no ano passado», disse o piloto da KTM.
«Ao mesmo tempo, as especiais a iniciar na Argentina deverão ser muito rápidas e isso vai obrigar a um ritmo forte desde o início, mas sem cometer erros, porque uma queda a alta velocidade pode significar o final da prova», acrescentou Ruben.
Mas se a primeira semana tem os seus pontos altos, a segunda metade dos 13 dias de competição será ainda mais dura «garantidamente», admitiu. «Temos duas especiais maratona com elevada quilometragem na segunda semana de prova, que serão, com toda a certeza, decisivas para o resultado final. Vamos ter seguramente uma prova muito dura».
Ruben Faria faz assim uma primeira antevisão ao Dakar 2015, ele que está ainda a recuperar da fratura na clavícula direita sofrida na Baja de Portalegre, no início do mês, recuperação essa que não coloca em risco a sua presença em Buenos Aires, no arranque da prova a 4 de Janeiro próximo.
«A recuperação está a decorrer com normalidade e sem qualquer problema até ao momento. Naturalmente que fiquei impedido de poder treinar da forma que mais desejava, mas alterei o meu plano de trabalho e continuo a preparar-me para o Dakar. Em breve, poderei retomar os treinos com moto e vou estar em Buenos Aires preparado para lutar pelos meus objetivos, que passam por estar nos três primeiros no final da corrida».
Ruben Faria é o piloto português com melhor resultado na prova sul-americana, depois de ter sido 2º classificado em 2013, já então aos comandos da KTM oficial, equipa que continuará a representar em mais uma participação na prova.