Luís Miguel Martins, o único dos quatro membros da Assembleia Municipal de Portimão eleitos pelo PSD que alinha pela oposição, classifica como «antidemocrata» a atitude dos restantes três deputados municipais daquele partido que, na segunda-feira, faltaram à sessão extraordinária daquele órgão.
Em comunicado, Luís Miguel Martins salienta que «em nada» se revê na «conduta» dos deputados municipais Fernando Imaginário, Evelina Madeira e Filipe Silva, que, «pelo contrário, repudio».
No passado dia 17 de Novembro, a Assembleia Municipal Extraordinária que tinha sido convocada de forma potestativa pela oposição para debater a Taxa de Proteção Civil acabou por ser cancelada por falta de quórum, devido à ausência dos elementos do PS e de três dos quatro elementos do PSD.
Presentes estiveram apenas os 11 elementos da oposição (Coligação «Servir Portimão», Bloco de Esquerda, CDU e um do PSD).
O deputado social-democrata portimonense explica agora, em comunicado, que «nunca reconheci, nem reconheço uma coligação entre PS e PSD, tendo inclusivamente os órgãos próprios do PSD declarado nula a mesma e todos os seus efeitos».
Por outro lado, diz entender que «o PSD e seus membros têm que ter uma conduta séria e à altura dos seus pergaminhos, das suas responsabilidades, da sua história e designadamente livre e independentemente, jamais sujeita à conveniência de um qualquer interesse reinante».
Luís Miguel Martins acrescenta que «os Portimonenses e os eleitores merecem ser respeitados e que os seus eleitos se apresentem nos órgãos para os quais foram eleitos, ou em caso de impedimento se façam substituir», defendendo que «qualquer discussão e deliberação terá forçosamente que ser tida em sede de Plenário do órgão Assembleia Municipal, e não negociada nos gabinetes do poder reinante em Portimão».
No comunicado, o social-democrata garante que honrará «sempre a posição assumida pelo PSD/Portimão e seus autarcas nas últimas legislaturas em relação ao Poder reinante em Portimão», comprometendo-se a «jamais atraiçoá-la por interesses pessoais ou corporativos». Conclui dizendo que «o PSD tem um ideal e ideias muito próprias», pelo que «jamais» aceitará «uma postura de subserviência em relação ao Regime reinante em Portimão. O tempo, esse encarregar-se-á de atribuir a razão a quem de direito».