O processo de construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) que substitua as de Faro Nascente e Olhão poente avançou mais um pouco, com a aprovação do projeto pelas autoridades do ambiente.
A Águas do Algarve vai começar a preparar o próximo passo, o lançamento do concurso, no início de 2015, com a perspetiva de adjudicar a obra, caso tudo decorra normalmente, em 2016.
Esta nova infraestrutura, que custará cerca de 13,5 milhões de euros, é há muito reclamada pelas autarquias de Faro e Olhão, mas também pelos mariscadores e viveiristas da Ria Formosa e associações ambientalistas. As ETAR que serão substituídas são já antigas e, como tal, não têm a eficiência das suas congéneres mais modernas.
Já a nova ETAR, a construir, será uma estrutura de última geração, «de grande dimensões, semelhante aquela que a Águas do Algarve irá construir, na Companheira, em Portimão», segundo a porta-voz da empresa algarvia Teresa Fernandes.
A Câmara de Olhão, cujo presidente António Pina já havia avançado, em janeiro, que o processo estava a conhecer evolução positiva, considera esta decisão da Águas do Algarve «uma grande vitória da Câmara Municipal de Olhão, que durante vários anos exigiu a realização desta obra, sem sucesso» e «uma excelente prenda para os olhanenses».
«Desde o processo de desclassificação dos viveiros, a Autarquia também contou com o apoio dos viveiristas e mariscadores para intensificar esta luta, a quem o presidente da Câmara Municipal de Olhão agradece», acrescentou a autarquia.
Apesar de confirmar o avanço no processo, a Águas do Algarve continua cautelosa, ao apontar prazos para a conclusão da obra.
«Este é um processo complicado, dada a dimensão deste projeto. Tudo depende da forma como decorrer o concurso, que é internacional», revelou Teresa Fernandes.
Ainda assim, avançou, «se tudo correr bem, deveremos ter condições para adjudicar a obra em 2016». Depois, serão precisos cerca de dois anos de obra, até que seja possível desativar as ETAR de Olhão e Faro.