A garantia de que o Algarve será uma das regiões abrangidas pelo diploma que prevê incentivos à fixação de médicos em regiões com carências comprovadas já foi dada pelo ministro da Saúde e isso é suficiente para os quatro deputados do PSD eleitos pelo Algarve.
Pedro Roque, Elsa Cordeiro, Cristóvão Norte e Bruno Inácio vieram a público defender a maioria PSD/CDS e o ministro Paulo Macedo, acusando o deputado do PS Miguel Freitas de alarmismo e de procurar «lançar a confusão junto da opinião pública».
O parlamentar socialista, igualmente eleito pela região algarvia, demonstrou a sua preocupação devido ao facto de, na proposta de diploma, as zonas que irão beneficiar da medida não se encontrarem devidamente definidas, o que o levava a temer que o Algarve ficasse de fora, como aconteceu no passado, nomeadamente com programas de incentivo ao emprego jovem.
«Na visita que realizou ao Centro Hospitalar do Algarve o governante foi perentório na assunção do compromisso com a população Algarvia. De resto, esta é uma das medidas que os deputados do PSD eleitos pelo Algarve mais têm reivindicado para a região a par da estrutura distrital do partido bem como a direção do Centro Hospitalar do Algarve», defenderam, por seu lado, os parlamentares do PSD.
«Esta medida é de inteira justiça para com a população Algarvia que sofre o efeito de periferia dos grandes centro urbanos nacionais onde o poder de atração dos profissionais de medicina é substancialmente maior. O governo, ciente desta necessidade vai levar a efeito uma discriminação positiva na contratação de médicos, medida essa que vai servir o Algarve bem como outras regiões do País que sofre com a falta de profissionais de Saúde», acrescentaram.
Já quanto à posição assumida por Miguel Freitas, os social-democratas consideram que o deputado socialista, «na falta de propostas do seu partido para o País e para a região, procura na crítica fácil a exposição pública».