O presidente da Câmara de Faro diz manter a intenção de devolver o espaço do antigo parque de campismo da Praia de Faro a toda a população, apesar de a oposição ter chumbado uma proposta nesse sentido, na Reunião de Câmara da semana passada.
Para isso, irá voltar a levar o assunto à reunião de executivo e submetê-lo à votação dos vereadores. E, caso a proposta volte a chumbar, os partidos da coligação «Juntos por Faro», que venceu as eleições em 2013, vão pedir que seja feito um referendo local, para que seja a população a decidir o destino a dar aquele espaço.
O edil farense fez um comunicado à população, em seu nome e da sua equipa, «face do desagrado manifestado por centenas de munícipes» pelo chumbo da proposta, onde explica o processo que levou a este desfecho e afirma a sua determinação em denunciar o contrato que permite a uma associação usar aquele espaço e dar outro destino ao ex-parque de campismo,
«Mantendo a firme intenção de devolver esta área desafetada do domínio público marítimo à fruição de todos os farenses e visitantes que dela têm sido privados desde há muitos anos a esta parte, o Presidente e os Vereadores que o apoiam entendem que interpretam bem os anseios dos cidadãos, quando se comprometem a insistir na resolução desta matéria, razão pela qual assumem publicamente que vão novamente submeter a proposta à apreciação da vereação, em conformidade com o quadro regimental e legal em vigor», lê-se, no comunicado.
Na manhã desta terça-feira, os partidos que o apoiam (PSD, CDS-PP, MPT, PPM e MIM) lançaram uma nota de imprensa onde manifestam o seu apoio à decisão em insistir na apresentação da proposta, já que, consideram, o executivo «perdeu em reunião de Câmara, mas ganhou cá fora, junto da população».
Por acreditarem que o que a maioria da população farense deseja é a denúncia do contrato com a associação de utentes e o aproveitamento do espaço do «designado parque de campismo da Praia de Faro, desativado em 2003» para outros fins, propõem-se a pedir um referendo local, instrumento de cidadania que foi poucas vezes usado, em Portugal, caso os vereadores da oposição, em maioria na Câmara de Faro, voltem a chumbar a proposta.