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cartaz_iv_congresso_de_investigacao_criminalRepresentantes do FBI, da NSA, ou da Europol, entre outras forças de segurança de vários pontos do planeta, vão estar em Faro, no Teatro das Figuras, esta quinta e sexta-feira. O que os traz ao Algarve é o 4º Congresso de Investigação Criminal, este ano dedicado à “Prevenção e Investigação Criminal no Cibercrime: Desafios no Século XXI”.

O Congresso, que é considerado o maior evento de caráter científico e académico relacionado com a área da investigação criminal realizado em solo nacional, vai também trazer a Faro a ministra da Justiça para a cerimónia de abertura e vai debater aquele que é «um fenómeno criminal preocupante na sociedade»: a cibercriminalidade.

Ricardo Valadas, inspetor da Polícia Judiciária, e membro da organização explicou isso mesmo em entrevista à RUA FM: «Optámos por escolher temas ligados ao ciberespaço: a prevenção e investigação criminal do ciberespaço, o cibercrime e cooperação internacional, e a temática da cibersegurança, ciberdefesa e comunicação no ciberespaço. Todas estas são questões que põem em causa os Estados de Direito, nomeadamente o ciberterrorismo que está muito na moda, mas também a criminalidade economico financeira, a proteção de crianças e jovens, que é um tema transversal à sociedade e muito sério».

O evento já teve três edições: uma em Lisboa, outra no Porto e outra em Coimbra, agora, a aposta no Algarve, acabou por revelar-se acertada. «Achámos importante tentar descentralizar um pouco a componente académica e científica e trazê-la para o Sul. É muito complicado organizar um congresso destas dimensões, e com estas características, na nossa região, mas parece que chegámos a bom porto, e que as coisas estão a correr com alguma anormalidade até, por excesso, porque há muitos interessados. Neste momento temos cerca de 600 inscrições, e estamos perto da lotação máxima do Teatro das Figuras», revelou Ricardo Valadas.

Para além dos representantes do FBI, da NSA e da Europol, Ricardo Valadas destaca outras presenças no evento como «representantes do Estado, do Governo, antigos ministros, e figuras da sociedade portuguesa interessadas na matéria, muito relevantes».

No Congresso, serão ainda assinados protocolos entre a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária, a Universidade do Algarve e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – ISCSP, entidades organizadoras do evento.

Rui Miranda, também ele membro da organização, explica que «serão assinados três protocolos, um entre a ASFIC e o ISCSP, outro com a Universidade do Algarve e outro entre as três entidades, objetivando parcerias a nível académico, não só na formação, mas também nas áreas de investigação cientifica, na produção de material cientifico, relacionado com competência da investigação criminal da PJ, como no terrorismo, homicídios, incêndios…».

Para inscrições e mais informações, pode ser consultado o site do congresso, sendo que Ricardo Valadas realça que este é um evento «para todos aqueles que utilizam o ciberespaço».

O congresso, é organizado pela ASFIC/PJ – Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária – em parceria com o ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Universidade de Lisboa e com a Universidade do Algarve, e tem como media partner o Sul Informação.

O programa pode ser consultado aqui.

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