As pontes telescópicas (mangas) estão inoperacionais no Aeroporto de Faro desde o despedimento dos 12 trabalhadores da Portway, e assim vão continuar até ao dia 18 de maio, altura em que entram ao serviço novos funcionários, contratados por outra empresa, também detida pelo grupo Vinci.
O Sul Informação sabe que esta empresa deverá ser a Sotecnica, até agora apenas responsável pela manutenção das mangas, e que já tem trabalhadores em formação desde esta semana, para passar também a operá-las.
Desde o fim do contrato de prestação de serviços com a Portway, que, segundo a ANA, foi o motivo do despedimento dos 12 trabalhadores, que os passageiros passaram a fazer as entradas e saídas dos aviões através das escadas, tendo, por vezes, de ser transportados de autocarro de e para o terminal.
O Sul Informação procurou obter mais esclarecimentos junto da ANA Aeroportos, mas, até ao momento, ainda não recebeu resposta.
Despedimento dos 12 trabalhadores da Portway «foi selvagem»
Entretanto, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) considera «selvagem» a forma como os 12 trabalhadores da Portway foram despedidos e acusa a ANA de ter penalizado estes trabalhadores por «lutarem pelos seus direitos»
Segundo Armando Costa do SITAVA, que na quarta-feira deu uma conferência de imprensa no Aeroporto de Faro, estes trabalhadores lutaram «pelo facto de a empresa os descriminar em relação aos outros trabalhadores da Portway. Não têm seguro de saúde, não têm direito a carreiras e não têm a mesma carga horária. Em vez de 36 horas, são obrigados a cumprir 40 horas, ganham sempre o mesmo valor toda a vida».
Para o SITAVA, um despedimento assim só acontecia «antes do 25 de Abril».