Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

Turistas no Aeroporto de FaroO processo de despedimentos na empresa Portway é «uma lição sobre privatizações apressadas feitas por este governo, que não pensa na qualidade dos serviços nem no direito dos trabalhadores, apenas em desfazer-se dos serviços públicos a qualquer custo», considerou o deputado do PS Miguel Freitas, esta segunda-feira.

O parlamentar eleito pelo Algarve esteve reunido com o diretor do Aeroporto de Faro e com os trabalhadores despedidos pela empresa do setor de handling daquela infraestrutura aeroportuária e, no final, teceu fortes críticas à forma como decorreu todo o processo.

«Em muitos anos de trabalho político nunca vi nada assim tão imoral, já que houve um despedimento intencional, por castigo, de 12 profissionais que prestavam serviço há mais de 8 anos na empresa, sem direito a indemnização», acusou.

Miguel Freitas lembra que na génese destes despedimentos esteve a não renovação do contrato entre o Ana Aeroportos e a Portway, que é detida a 100 por cento pela Vinci, multinacional que gere as infraestruturas aeroportuárias portuguesas. A prestação de serviço nas mangas telescópicas é, agora, assegurada Sotécnica, «que é também participada pela mesma Vinci».

«Este é o resultado de uma privatização perversa que não assegurou a devida segmentação de mercado, dando à mesma empresa o monopólio da gestão dos aeroportos portugueses e, simultaneamente, permitindo-lhe deter licença para atividades de assistência em escala, como é o caso dos serviços de tapete e de mangas telescópicas, o que lhe confere margem para todas as arbitrariedades», defendeu Miguel Freitas.

Entre as alegadas «arbitrariedades» está o despedimento dos 12 trabalhadores, situação que deixou Miguel Freitas «escandalizado».

«Este despedimento é intencional, tendo acabado com a carreira profissional de trabalhadores que têm uma formação extremamente especializada, não lhe dando oportunidade de reintegração e sem qualquer pagamento de indemnização, com o argumento de extinção de posto de trabalho», defendeu.

O deputado considera mesmo que toda esta situação merece «atuação da Autoridade Nacional de Aviação Civil», uma vez que se substitui «uma empresa credenciada, com trabalhadores experientes, deixando inoperacional o serviço de mangas telescópicas cerca de um mês, tendo ocorrido várias reclamações das companhias, o que reflete uma degradação da qualidade de serviço prestado pela ANA».

Miguel Freitas acrescenta, a este propósito, que o Presidente do Conselho de Administração da ANAC declarou, na passada semana, que iria ser aberto um processo de averiguação preventiva sobre a situação para se apurar mais informação, no seguimento de uma questão colocada pelo PS, numa audição na Assembleia da República.

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

Aeroporto de Faro já transportou quase 4 milhões de passageiros este ano

O Aeroporto de Faro transportou 3,76 milhões de passageiros nos primeiros meses de 2017,

Sul Informação

Haverá dragões na floresta portuguesa? A Tertúlia Farense vai tentar descobrir

«Haverá dragões na Floresta Portuguesa?» é o tema da reunião da Tertúlia Farense do

Sul Informação

Moçoilas querem dar música às histórias de vida que recolhem na serra algarvia

Há histórias de vida das gentes da serra algarvia que não são contadas em