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HangaresA tomada de posse administrativa de 30 habitações por parte da Sociedade Polis no Núcleo dos Hangares, na ilha da Culatra, prevista para quarta-feira, acabou por não acontecer. Uma providência cautelar em tudo semelhante àquela que obrigou ao recuo da Polis no núcleo do Farol, agora interposta pela Associação de Moradores dos Hangares, impediu a tomada de posse, como confirmou Sebastião Teixeira, presidente da Sociedade Polis Ria Formosa, em declarações ao Sul Informação.

«Foi mais uma vez o camaleão», justificou Sebastião Teixeira, que adiantou que, tal como aconteceu em relação à providência cautelar do Farol, «a Polis há-de contestar», tendo cinco dias, desde quarta-feira, para o fazer.

Os timings das tomadas de posse administrativas das habitações e posteriores demolições nos Hangares estão agora dependentes dos timings dos tribunais.

«Agora temos de aguardar a decisão dos tribunais, está parado até haver decisão», disse.

Tal como aconteceu no dia 27 de abril no Farol, os ilhéus  – desta vez em menor número – reuniram-se à espera que chegassem aos cais dos Hangares os barcos que trariam os técnicos da Sociedade Polis, foram ouvidas sirenes, pessoas correram pelas ruas mas, desta vez, ninguém apareceu.

A primeira providência cautelar, do Farol, já teve várias contestações da Polis e contra-contestações dos Ilhéus, mas continua sem haver decisão definitiva, pelo que o processo ainda não conheceu avanços.

Além destas duas providências cautelares, que englobam todas as habitações dos núcleos há, segundo José Lézinho, um dos representantes do movimento Je Suis Ilhéu, «várias providências cautelares individuais dos proprietários que aguardam decisões judiciais» e que «foram sendo entregues em diferentes datas».

 

 

 

 

 

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